Entre Meus Demonios

Despeço-me de ti com um beijo na face, enquanto dentro de mim os mesmos diabretes, já conhecidos, provocam-me a sorver teu lábios com os meus, em uma explosão de loucura e frenesi. Ouço-os com minha alma e os impeço com meus pudores corpóreos, e os medos, quem sabe imaginários, de uma repulsão repentina a qual posso não reagir tão bem. Dedico-lhes apenas a atenção necessária para que não desapareçam, mas não os nutro para que não me dominem. Quem há de saber, a quem realmente deveria escutar? Escuto-os entre tantas vozes que ecoam entre os corredores, repletos de lembranças do passado, que se perdem nos caminhos, ainda vazios do futuro que desconheço. E quem há de saber o certo sobre o próximo segundo? E no próximo segundo você parte, enquanto eu fico com minhas duvidas jamais respondidas.

2 de julho de 2008

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