Segundos de pensamento, durante um tempo todo!

A sensação natural das pessoas como eu, seria chorar de rir, mas a minha vontade é chorar por chorar. Você esta diante de mim, sorrindo um daqueles seus sorrisos marotos, mostrando a marca de nascença que tem no pescoço.
À muito que os sentimentos bons escaparam por entre os dedos de minhas mãos, como fumaça que é oferecida em altar. O que me lembra um Deusinho qualquer que diz existir, mas minhas preces parecem seguir o ritmo de The great gig in the sky, pink floyd, um sobe, bate às alturas, e desce como em queda livre. Seria mais fácil acreditar se ao menos uma única vez esse Deus tivesse ouvido minhas preces, e você continua me olhando, deitada em um banco em que por certo nos beijamos, e não me tira os olhos por um segundo, como quem quer sufocar, olha-me com amor e desejo, e é isto que deve ter mantido-nos juntos pelo tempo que ficamos. Quem dera ter mais tempo, mas me pergunto: Tempo para que? Para pensar em outra quando estivesse com você? Ou pior para em breve percebermos que “Não deu?” Tu ainda me olha... E vejo nos seus olhos, o meu reflexo e penso: Eu quero mais? Sim mais do que é muito e mais escassez do que é pouco? In the flesh acaba de me derrubar, com o som da criança que vê um avião cair? E tu me olha de uma forma que mal consigo lembrar, ou esquecer? O que será melhor os espaços das patinhas em conchinhas, ou a força dos chifre? O zodíaco e sua simbologia que me assusta e me fascina, mas qual será o zodíaco que me fascina? O todo ou o homem? Pulo a musica para ver se para de me olhar, e tu ai, me olhando? O desepertador do Time tenta me acordar? Mas ouço tantos que parecem música, estas palavras serão usadas contra mim? Pare de fazer isto meu! Engraçado como as atitudes mudam de uma a outra. Uma com raízes a outra asas, uma com perfume a outra com cores, uma com as rosas outra com as borboletas.
Quem decifrar meus versos, me encontre nas sarjetas para me explicar. POR QUE AINDA ME OLHA? Revolto-me com esta cara insonsa, imóvel diante de meus olhos lacrimejosos, por que não reages e me bati ou me acalma? E tu ai, imóvel, diante do homem que escolheu teu caminho? Reages como o que for, com espinhos ou ferraduras, mas pare de me olhar, e aja! O que vais fazer? Diga-me ou rasgo-te!
E ela, como que se espreguiçando, responde como a mais calma das coisas:
-Só posso desaparecer ou desbotar, pois sou uma fotografia!

30 de junho de 2008

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