Dejavu

Na turbulência de meus pensamentos vislumbro clarões daquilo que foi e penso que não mais existem, flashbacks na velocidade da luz trazendo a tona tudo que submergiu, em um submarino vermelho, nos mares de sangue e lagrimas derramadas, no decorrer da vida.
Confronto-me com tudo que fora guardado a chaves, livre diante de meus olhos, dançando zombeteiramente a valsa da confusão sem par e sem som.
Não consigo explicar como tais diabretes escaparam-me assim, não demonstraram nenhum sinal de motim e nem mesmo a menor pretensão de voltar, e agora cá estão, diante dos meus olhos marejados e o suor frio que escorre de minha testa.
Meu estomago se contrai sem dor, apenas a convulsão natural domesticada e treinada a sinalizar situações adversas, um nó na garganta se ata enquanto minhas mãos tremem e ficam frias.
Conheço os sintomas e só conheço uma solução, que não depende de mim e sim, de ‘um certo’ alguém. Assim, espero com a boca ressequida o beijo certo que por fim me cure ou me mate!

23 de junho de 2008

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