Rindo da Morte

Tudo que fiz enquanto ela morria foi sorrir. Ora forçando, ora sincero, meu riso era sempre feliz e ela, mesmo diante da morte, continuava a me inundar com suas cores e perfumar o meu caminho, fazendo-me de suas gentilezas, sorrir.
Foi sorrindo que eu a vi se tornar amarela, quase pálida, e mantinha a mesma graça de sempre. De suas novas cores, acabei sorrindo e foi só quando ela não pode mais agüentar o peso de seu corpo que, confessando-me seus segredos, cedeu a morte com um sorriso amarelo no rosto eu, chorei. Reguei seu corpo com lagrimas, já tarde demais dei um pouco de mim, mas a flor já estava morta.

16 de julho de 2008

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