Enquanto Me Parece Real

Você me aparece na porta, recém saída do banho, mas ainda com o cheiro que é só seu.
Desliza pelos lençóis amarrotados de nossa cama, aconchegando a cabeça em meu peito.
Acaricia-me com a ponta dos dedos e retribuo-lhe afagando os cabelos ondulados que emolduram teu rosto tranquilo.
Diz, com a voz embargada pelo cansaço do corpo, o quanto gosta de dormir assim, protegida pelos meus braços e aninhada junto ao meu coração.
Dorme, após me fazer jurar que é para sempre. E o mesmo sonho sempre se repete antes que eu acorde em minha solidão.

20 de agosto de 2008

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