Embriago-me com lágrimas do passado, olhando sorrisos amarelados, eternizados em uma fotografia antiga. Nela, nossas mãos se entrelaçavam e os olhares fitavam algum ponto distante na mesma direção.
Com alguma saudade, observo o retrato desbotado pelo tempo, como eu, cada vez mais marcado pelos anos.
Algumas traças se encarregaram de destruir a foto aos poucos, levando com elas um dia feliz, vivido em um ponto perdido em minha história. Algumas lágrimas me escapam e ajudam a manchar o retrato.
Sentindo um nó se atar em minhas garganta, abafo o meu grito com as mãos. A foto se amassa um pouco mais entre os dedos.
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