Eu vi... ...mas você não viu!

Ela passou do meu lado. Por um segundo cruzamos o olhar. Tempo suficiente para eu imaginar nossos momentos felizes e o inicio da paixão inevitável. Suficiente para me fazer tentar pensar em seus sorrisos mais sinceros, teus toques febris em noites quentes.

Depois de apenas um instante, tocamos nossas mãos por acidente. Percebi tua pele macia, desejando abraços entre nossos banhos de chuveiro. Cheguei a pensar em tocar seus cabelos soltos com o vento.

Ela passou sem olhar para trás, enquanto eu continuava com meus devaneios. 

28 de fevereiro de 2009

Já Chega!

Como alguém um dia me disse, ‘o mundo da tantas voltas que até enjoa!’.

Acho que essa pessoa tinha razão, acho que pra mim já deu.

Já conheci voltas suficientes pra parar.

Acho que está na hora de ir.

Só não sei pra onde!

...em meu quarto!

Outra noite, insone...

            Outra noite, sozinho...

Outra noite, escura...

            Outra noite, triste...

Outra noite, perdida...

            Outra noite, sem sonhos...

Outra noite, como as outras...

Foi Assim Que Eu Morri...

Ontem eu cheguei em casa, cheio de coisas na cabeça. Sabe aqueles dias em que você não ta legal? O trabalho...As dividas... A gostosinha que não quer sair comigo... Então quando eu já não agüentava tanta merda, resolvi me matar.

Fui até a cozinha e peguei a maior faca que tinha em cima da pia, mas a porra da faca estava toda enferrujada e não cortava nem manteiga de tão cega.

Então olhei pro fogão ali no canto. Ajoelhei e meti a cabeça dentro do forno, com o botão do gás ligado pra me sufocar. Senti um pouco de tontura, deu até um pouco de agonia, mas quando estava quase lá, o gás acabou. Eu até tentei inalar um pouco do gás que ainda estava ao redor, mas não foi o suficiente.

Levantei apoiando nas paredes e voltei para o quarto em busca de alguns comprimidos. Encontrei um Doril na mesa de cabeceira, engoli ele com pressa pois estava sentindo dor de cabeça depois do gás. Lembrei então do chuveiro.

Corri para o banheiro maquinando como usar a mangueira do chuveirinho para me enforcar na viga da sala. Dei um nó improvisado e passei a mangueira em volta do pescoço. Subi no vaso e tentei me pendurar em um gancho no teto.

Assim que pulei do vaso a mangueira quebrou e frustrou meu plano de morrer enforcado. Olhei para o chuveiro ligado na tomada. Tomado de idéias auto-destrutivas, arranquei os fios da tomada descascados. Coloquei um dos fios na boca o outro, encostei em minha testa. Fiz, para não sentir nada! A EletroPaulo já tinha cortado a minha energia mais cedo.

Alguma coisa com água, seria impensável, a Sabesp já tinha vindo a quinze dias atrás. Então me olhando no espelho decidi que ia encarar os meus problemas e que não ia mais tentar me matar. O problema é que na semana passada caiu uma pedra no telhado e choveu a noite inteira. Assim que sai do banheiro, escorreguei por causa da goteira no corredor. Bati a cabeça na soleira e quase sem nenhuma dor eu morri.

Dito ou anunciado?

Agora que vejo tudo o que espero.

Deixo a minha vida.

Este que um dia já quis sorrir.

Ultimo à conhecer de alguma alegria.

Segredo minhas últimas palavras.

Não me ligue de manhã!

Hoje, eu não acordei legal. Mexi a cabeça e já veio aquela pontada de dor. Pronto, o meu dia já não começava bem. Logo em seguida veio o tropeção que eu dei no copo de água do lado da cama. Não quebrou o copo, mais molhou todo o chão. Além disso, eu acabei batendo a canela na lateral da cama. Quando tudo não podia piorar, escorreguei na água e bati as costas no criado mudo. Ainda bem que ele não grita. Até que consegui me arrumar para sair sem muitos transtornos, mas sabe como é casa velha, tudo enferrujado, tem que bater... Acabei prendendo o dedo no trinco do portão. Vim trabalhar num trem lotado e tive que agüentar um baianinho de metro e meio que veio me encoxando. Subindo a escada rolante, ela parou. O pão de queijo já tinha acabado no bar, eu não comi até agora, tomei uma bronca assim que cheguei no trabalho e logo em seguida o telefone tocou. Era você, me perguntando como estou...

Entre outras coisas...

Entre tantas flores, rosas.

          Entre tantas cores, borboletas.

             Entre tantas luzes, estrelas.

      Depois de tantos amores, solidão.

Só se for assim...

Me queira sempre, se sacie de mim!

          Me tem com desejo, me use!

          Acaricia meu corpo, me bate!

                   Me deseja, me afasta!

                                  Se sacia com meu amor!     

                    Sacia tua sede, deixe meu corpo suado!

                                  Me abraça, me dá o teu calor!

                                      Fala em meu ouvido, grita!

                                        Diz entre beijos, que tudo acabou!

                    Só se for assim!

Melhor Assim...

Antes a saudade do que o arrependimento

Antes as lágrimas do que sorrisos amarelos

Antes a solidão do que qualquer companhia

Antes a insônia do que nenhuma lembrança

Antes a dor do que nenhum amor

Em Vão...

Entender não ajuda

Esquecer só atrapalha

Reviver só complica

Comemorar só machuca

Falar não adianta

Calar não faz efeito

Escrever não tem sentido

Eu sou eu, se for só seu.

Se for só seu, eu sou.

Seu se for eu só.

Eu só se for só seu.

À melhor!

Teus sorrisos sempre foram mais felizes do que os meus gestos.

Tuas cores sempre foram mais bonitas do que flores em um jardim.

Mas tuas asas sempre te levaram mais longe do que eu podia alcançar.

Em um antigo baú...

Um telefone num pedaço de guardanapo, um bilhete apressado entre rascunhos, cartas apaixonadas já sem perfume, poses sorridentes em fotografias desbotadas, cartões dos aniversários passados, corações desenhados em tinta vermelha, folhas marcadas por lágrimas secas, letras trêmulas em tua despedida.

Asas de uma borboleta!

Seus olhos imitavam os melhores olhares.

Sua boca lembrava o gosto do melhor vinho.

Seus seios pareciam picos com cumes róseos arrepiados. (orgulhosos)

Seu suor era idêntico às lavas de um vulcão em erupção.

Suas coxas envolviam durante algumas noites insones.

Seus pés eram pequenos e delicados quando tocavam o chão.

Suas asas eram melhores do que alguns jardins.

Saudade ou alívio?

A casa continua desarrumada

A garrafa de vinho em cima da pia

O armário ainda tem espaço

Ainda faço lasanha aos domingos

Teu colar permanece do lado da cama

A mesma música toca no rádio

Continua tudo no mesmo lugar

Tudo esperando que volte

Ou que apenas fique onde esta!

18 de fevereiro de 2009

Um segundo...

Ele a deixou ali.

         Ela ficou deitada na cama.

Ele se vestiu.

         Ela cobriu o corpo nu

Ele se olhou no espelho

         Ela sorriu pelo reflexo

Ele se virou apressado

         Ela fingiu que estava dormindo.

Insaciáveis...

Você aparece com um sorriso malicioso no rosto, molha os lábios pintados de vermelho, me olha com olhos cheios de vontade. Eu paro diante de você, por um segundo perco os sentidos, então vejo que ainda continua parada junto a porta.

Você esta vestida com um casaco vermelho, abre os botões com habilidade, deixa o casaco cair no chão. Eu admiro o teu corpo, coberto com um lingerie de renda preta, escondendo tua pele branca.

Você me deita na cama deixando suas mãos percorrerem o meu corpo sem pressa. Eu tento te tocar, mas você me impede de sentir o calor de sua pele.

Você se desvencilha de mim, com a mesma habilidade, tira minha roupa. Eu deixo que me beije e que percorra o meu corpo. Você me prova com a tua língua, me marca com mordidas inusitadas, me provoca com tua respiração. Eu sinto meu corpo arrepiado, enquanto sinto tua boca me envolvendo, seguro os teus cabelos para olhar o seu rosto.

Você retribui o olhar com uma expressão deliciada, usa as mãos com movimentos precisos e suaves. Eu puxo os teus cabelos com mais força, beijo tua boca e te deito na cama.

Você tira o sultien, me oferece os seios apertados por suas mãos. Eu tiro tua calcinha enquanto beijo teu corpo, afundo minha cabeça entre tuas pernas. Você geme baixinho, se contorce na cama e fica tremula. Eu invado teu corpo com a ponta da língua, sinto o gosto do seu desejo. Você me deseja, me pede, me puxa. Eu te invado, te provo, te tenho.

Você arranha as minhas costas, me prende entre suas pernas, lambe o meu pescoço. Eu te viro de bruços, te ponho de quatro e mordo a sua nuca. Você se arrepia, se apóia na cama, me provoca. Eu te bato com força, seguro a tua cintura com mais vontade.

Você estremece, deixa escapar um grito, tenta abafar a voz com o travesseiro. Eu te puxo pelos cabelos, faço você olhar para mim. Você sorri um riso meretrício, e me desafia com um de teus olhares, insaciáveis...

Mostre-me o que é capaz!?

Tira sua roupa

         Menina mulher

E me Beija com vontade

 

                  Como quem me deseja

         Prova do meu corpo

                   E encosta o teu corpo no meu

 

                            Envolve-me com tuas pernas

                   Arranha minhas costas

                            Geme em meu ouvido

 

                                      Grita em teu orgasmo

                            Leve-me a loucura

                                      E me mostre o que sabe fazer

Apenas a Verdade!

O que é a verdade

         além de uma mentira

                   conveniente à ocasião?

Sei como são!

    Já conheço esse teu jeito

           Essa carinha de fada

      Essas asas de borboleta

                            Já conheço essa voz abafada

                                         Esse jeitinho de puta

                                      Esse tipinho de virgem

                                                           Já conheço esse teu corpo quente

                                                                              Esse teu cheiro de rosa

                                                            Essa vontade de menina mimada

Eu já conheço todas vocês

Um de seus olhares...

Dois olhos verdes

         Um par de lentes

Uma transformação

         A mesma metamorfose

Cada vez diferentes

         Sem suas lentes

Um outro olhar

O espelho mente!

Tudo parece diferente em frente ao espelho.

Os olhos parecem melhores do que são meus olhares

Os sorrisos mais sinceros do que meus sentimentos.

O corpo mais forte do que como eu me sinto.

A pele mais corada do que minha cor pálida.

Meu reflexo parece muito melhor do que eu.

Quanto eu vou sofrer?

Quantas lágrimas eu ainda devo derramar entre as minhas noites solitárias?

Quantos sonhos eu devo sonhar e quantos vão se tornar pesadelos?

Quantos sorrisos amarelos eu devo dar com algumas lágrimas nos olhos?

Quantas palavras eu vou calar sentindo um nó se atar em minha garganta?

Quantas mentiras eu devo contar tentando esconder o que sinto?

Quanto tempo vai levar para eu conseguir te esquecer? 

16 de fevereiro de 2009

Demorei a entender o óbvio!

Só depois de muito tempo, comecei a perceber.

         Como seriam os meus dias de paz ou os de angustia.

Quanto tempo eu levei para entender         

         Que meus caminhos sempre foram incertos.

Se agora sei o que eu sei que sei

         E só sei por que eu sei que nada sei....

Por não te conhecer, te amo.

Você não esta em meus versos

Não me deixou nenhuma recordação

Seu cheiro não se entranhou em minha roupa

Eu não senti o calor de tua pele

Não sei qual é o gosto de tua boca

E só consigo pensar em você! 

Não foi grande coisa!

Nosso amor foi como um castelo de areia desmoronado com as marés!

Nosso amor foi como um bom livro esquecido na estante!

Nosso amor foi como uma boa música calada no rádio!

Nosso amor foi como um perfume levado pelo vento!

Nosso amor foi como um sonho esquecido pela manhã!

Nosso amor foi como um filme que não tem um bom final!

7 de fevereiro de 2009

Mais de um segredo...

Entre minhas lembranças e algumas recordações

Uns retratos recentes e poses felizes em fotos desbotadas.

Textos racionais e algumas cartas educadas

Estão misturados entre versos sem sentido

Algumas cartas amarelas e outros papéis envelhecidos.

Mensagens apaixonadas entre as paginas de uma agenda antiga

Ocultas entre minhas coisas, guardadas em minhas memórias 

Do que é feito...

São de lágrimas que falo em alguns poemas de amor...

São de arrependimentos, todos os versos de saudade...

São de medo, os textos escritos pela noite solitária...

            São racionais, todas as minhas idéias loucas...

São de mentira, algumas de minhas verdades...

São intencionais, algumas frases que não quero...

São de tristeza, alguns versos que fiz...

Eu quero!

Quero o que não tenho,

Quero o que só posso querer,

Quero o que todos querem,

Quero o que poucos tem,

Quero apenas um pouco,

Quero de novo e quero todo,

Quero outro e só quero amor!

Vais Ver!

Em seu corpo e em seu sabor,

             em seu sorriso e em seu amor.

                        Serei eu o teu motivo!                      

 

Na juventude e com a idade,

            na alegria e na amizade.

                        Serei eu o teu acalento!

 

Com o tempo e com arrependimentos,

            com lembranças e alguns momentos.

                        Serei eu a tua saudade! 

Lendo o Jornal!

Guerra! Na primeira pagina!

Políticos! Em manchetes coloridas!

Fome! Em fotos preto e branco!

Vexame! Na parte das fofocas!

Azar! Com número indicado pelo horóscopo!

Miséria! Em uma viagem pela África!

Prejuízo! Entre as ofertas dos classificados!

Banalização! Numa charge do presidente!

Vulgaridade! Em ofertas de companhia!

Mentiras! Na promessa de alguns anúncios!

Saudade! Em algumas crônicas bem escritas!

Reclamações! Na seção de carta dos leitores!

Alivio! Na última pagina!  

Quase esquecendo...Mas...

Foi como se o tempo houvesse escorrido por minhas mãos, como se cada lagrima tivesse secado em meu peito, como se enfim havia esquecido....

Então você apareceu outro dia, e o tempo se arrastou entre lembranças, as lágrimas doeram no peito, e tudo voltou... 

Segredos da Felicidade (I)

Tenha poucos amigos,

         ou faça festas para alguns interesseiros!

Tenha só um amor,

         ou sofra por cada despedida!

Tenha muita sorte,

         ou se contente com alguns lances da vida!

Tenha algum dinheiro,

         ou se acostume com algumas necessidades!

Tenha um pouco de razão,

         ou perca seu tempo tentando se explicar!

Tenha alguma calma,

         ou afaste todos de seu redor!

Tenha alguns sonhos,

         ou fique com suas noites mal dormidas!

Tenha algumas aventuras,

         ou  se contente com velhas lembranças!  

Nem um, nem outro...

Não me ajoelho diante de um deus injusto, nem anseio por ruas de ouro!

Não imploro a misericórdia de anjos, nem desejo um par de asas!

Não quero uma coroa de estrelas, nem paraísos celestiais!

Não faço pedido aos santos, nem espero milagres!

Não desejo a eternidade, nem temo a morte!

Não tenho fé, mas também, não sou ateu!

Mais um segundo...

Antes do último adeus, um abraço!

Antes do silêncio, uma frase qualquer!

Antes das lagrimas, um último olhar!

Antes da saudade, mais uma lembrança!

Antes da solidão, mais um segundo de você!

Você pode me dar?

Eu procuro lembranças incríveis,

            Sonhos que se tornem realidade!

Eu quero experiências inesquecíveis,

            Amor em sua totalidade!

Obrigado, mas até outro dia...

Agradou-me ter o teu amor, mas eu não te amo!

Desculpe algumas mentiras, mas eu sou sincero!

A noite foi ótima, mas é melhor ir embora!

Eu te ligo outra hora, quem sabe outro dia!

Mas é melhor ir embora, e feche a porta ao sair!

“Dano cerebral”

Uma conseqüência de misturas de experiências

Caracterizada em lembranças confusas

Com alguns sintomas de má comunicação

Olhos vermelhos com lagrimas sem sentido

Respiração forçada pela boca

Sorrisos amarelos e alguns arrependimentos

Movimento irregular do corpo entre alguns devaneios

Pesadelos reais por toda a madrugada insone

Alguns calafrios percorrendo o corpo

Sensações de alivio, seguidas de uma nova crise!

É, não dá mais...

Eu disse que queria, falei que era muito, disse a verdade!

            Eu te usei, depois mudei minha vontade, agora quero outra!

Eu não vou mentir se dizer que gosto de você!

                        Afinal você foi uma boa companhia em algumas noites!

            Vou sentir saudade do calor do teu corpo...

                        Mas vou experimentar outros sabores!

Eu sei...

Eu sei de teus amores, e de quantos não te amam.

Sei de teus sonhos, e de cada anseio de tua alma.

Reconheço cada marca de seu rosto, cada riso.

Percebo seus olhos tristes atrás de sorrisos amarelos.

Eu sei o que deseja em tuas noites solitárias.

Eu sei!