Grito de Prazer.

Explorando a tua pele com a ponta de minha língua, sinto o gosto do seu desejo. Mergulho em teu sexo habilmente, e você treme com um sussurro de prazer. Deslizo até seus seios e com a mão tapo-lhe a boca, junto fica teu grito abafado que escapa enquanto te invado. Eu sigo dentro de ti, e você me arranha enquanto beijo o teu pescoço e tua boca tão ansiosa. Realizo-te um desejo e a coloco de bruços sobre os lençóis tão encharcados com suor e prazer. Teu grito é mais alto e acompanha cada um de meus movimentos. Tua pele se arrepia com o toque de minha mão em suas costas. Nossos gritos se unem quando chegamos juntos no orgasmo, quebrando o silêncio da noite.

8 de dezembro de 2008

Não Lembro!

Quanto tempo faz que sorri um riso sincero?

Como eram as promessas de amor eterno?

Quais eram os nossos planos apaixonados?

Quando nos vimos pela primeira vez?

Vício na madrugada.

Ele corre apressado em meio à madrugada. Sua expressão é de pânico. Olha de um lado para o outro a cada momento. Parece a beira da insanidade enquanto esfrega o rosto com a palma da mão suada. Para em uma esquina mal iluminada e olha para suas opções com raiva. Segue por uma das ruas como se perseguisse uma presa com ódio. Enfim entra em uma loja e com um grito, pede o cigarro. 

Re-Encontro

Você passou em minha frente apressada. De relance, pensei que haveria de ter os melhores dias de minha vida junto a seu sorriso. Sem entender o que estava sentindo, corri em sua direção, e você estava tão linda quando te vi novamente.

À Rosa, meu adeus.

Adeus minha Rosa, doce e vermelha. Perfumou o meu caminho, alegrando minha jornada nesta floresta, e agora está na hora de partir. Vá linda Rosa, siga o seu caminho e plante suas raízes no belo vaso que encontrar, eu serei feliz por ti, mesmo ficando triste por mim.

Adeus minha Rosa, sempre pensarei em ti!

O que vem depois da paixão?

As palavras irritam enquanto os olhos reprovam

As mãos aprisionam e os abraços não envolvem

A rotina entedia enquanto a mudança irrita

Os carinhos não acalmam e o fim se adia

A paixão termina enquanto acaba o desejo

Os acenos são tristes e resta um último beijo

Opinando sobre a vida!

A solidão tem se feito boa! A saudade já passou!

As lembranças não são tristes!  Os versos são insinceros!

E a vida é uma bela história! Muito mal contada!

Engana-se a me ver!

Você não faz idéia do que sou, nem do que me tornei.

Não sabe o sinto e o que não consegui esquecer.

Ignora minhas palavras sem entender o meu silêncio.

Ri de meus sorrisos sem ver as lagrimas de saudade.

Você não faz idéia do que sou, nem do que me tornei.

Meus caminhos!

Seguindo meus próprios passos, passo por caminhos estranhos, sem conhecer o que é certo, sem saber a quem seguir, eu sigo meus passos, passo onde você não esta, estou sempre no lugar errado, certo de onde quero chegar, chego sempre no pior momento, melhor quando eu acertar, meus erros tão evidentes!

A realidade dos contos mal contados!


No fim do arco-íris não há pote de ouro!

Nem o amor eterno de uma princesa!

Não tem final feliz, nem para sempre!

Não há fadas voando e nem borboletas!

No fim vai encontrar o céu!

No fim apenas a distancia de uma estrela!

Novamente

Vejo-a partir como tantas outras que não vejo mais. Pouco a pouco desaparece no horizonte diante de meus olhos que se marejam e ardem com lagrimas ácidas de saudade.
Lentamente toma distancia de minhas mãos e meus abraços já não te alcançam nem te envolvem, teu cheiro se dissipa no ar e em meu peito apenas o aperto que a tua falta me provoca.
Sinto a presença da solidão, enquanto o mivimento de tua partida torna-se vertiginoso e mais veloz. No intimo eu já esperava, sem esperar que fosse assim tão cedo.
Sem querer dizer adeus, permaneço com os olhos vidrados em algum lugar do céu. A lua não me interessa e nem sei o que pedir para as estrelas cadentes, apenas sinto falta de um um sorriso, o da mulher que amo, mas partiu...

4 de dezembro de 2008

Quanto Tempo

"O tempo não é nada quando se é feliz

E a cada segundo que passa

Mil palavras em cada imagem

Saudades e tristeza

Porque nada me responde

Quantos segundos mais

Preciso para ser feliz ?"

...e Azar no Amor.


Sou aquele que diz adeus às oportunidades

Sou quem se livra de minhas melhores chances

Sou quem perde tudo o que ganha

Sou aquele que tem sorte no jogo...

29 de novembro de 2008

Segundo de saudade

Um turbilhão de pensamentos, lembranças e saudades.
Uma tempestade de lagrimas e soluços.
Um único sentimento.


Uma mistura de sorrisos, abraços e beijos.
Um vórtice de paixão e dor.
Uma única razão.

Um verso de juras, promessas e amor eterno. 
Um pensamento de alegria e tristeza. 
Um infinito momento.

Quando um anjo cai!

Se você olhar em meus olhos, tentando encontrar a alma de um anjo, pare de procurar no vazio de minha alma, larguei minhas asas a muito tempo, as vezes sinto saudade.
Mas afinal, ser sempre bom acaba sendo ruim, e acabei procurando me libertar daquele peso em minhas costas, nem lembro onde as deixei.
Quando quero voar, acabo tentando encontrar as alturas em lugares errados, caio no chão onde, entre flores e insetos, reconheço que estou no lugar certo.

Este é seu deus?

Que deus cruel que me mostra os vales onde terei a paz, entre colinas de dor.
Que deus é este que me posta de joelhos, prometendo-me um pedaço do céu.
Que deus doente joga com minha vida sem me dar escolha, pregando o livre arbítrio.
Que deus fraco é este que me condena ao destino, do eterno ato de humilhação.

Olhando o passado! (Retrato de meu presente.).

Como se olhar para trás pudesse mudar o presente.
Como se o arrependimento concertasse tudo.
Como se lagrimas solitária fizessem a diferença.
Como se sorrisos fossem sempre felizes.
Como se desejar fosse igual a ter.
Como se dizer adeus fosse igual a perder.
Como se muito não fosse o suficiente.
Como se pouco fosse mais que o necessário.
Como se o ódio fosse efêmero.
Como se o amor durasse para sempre.

Por que não sei!

Eu não sei o que faz, nem o que eu devo fazer!
Eu nem sei se te quero, nem se sei o que querer!
Eu não sei quem é, menos sei sobre o que sou!
Eu não te entendo, e talvez nem devesse!

Esta eu hei de amar! (A Outra Não!)

Olhos injetados de amor, ou ódio.
A boca vermelha de prazer, branca com desgosto.
Mãos firmes que me tocam, tremulas que me soltam.
Pernas frágeis que se abrem, fortes que me apertam.
Seios orgulhosos olhando para o céu, tímidos quando nus.
O pescoço de uma Vênus, mordidas de um vampiro.
O coração de um deus, os infernos com a razão.

Com Quem Me Deixar!

Deixe-me dormir aqui esta noite, não me deixe do lado de fora de suas lembranças!
Deixe-me ficar aqui abraçado, sem você o que será de meus dias difíceis?
Deixe-me fechar os olhos ao seu lado, quero acordar sentindo você!
Deixe-me acreditar, fingir que você é minha esta noite!
Deixe-me, enfim deixe-me com minha solidão!

Desentendendo o fim!

Sinto os passos de minha morte se aproximar no ritmo do tempo.
Sinto que estou velho afinal já não tenho a idade que aparento.
Sinto que o fim se aproxima com as primeiras rugas de meus olhos.
Sinto que este é o final de minha estória tão mal contada.

Desejo de um poeta!

Eu quero marcar a existência de meu ser, com palavras provocantes e doces, de prazer e de amor. Eu quero ser eterno por minhas palavras confusas e por minhas rimas métricas, pelos erros de concordância e por conjugar o verbo amor.

26 de novembro de 2008

Experimento Mental: Pergunte-se isso!

Se eu pudesse parar o mundo e voltar no tempo, e então escolher um único momento para recomeçar. Saberia dizer quando foi que errei a primeira vez?

Não me olhe assim!

Não sinta pena de mim, sou eu quem quero assim, afinal foram meus erros que pesaram em meus ombros, e me deixaram deste jeito.
Não estenda a sua mão em meu auxilio, posso muito bem conviver com a solidão, sem que me arrependa de ter aceitado sua ajuda.
Não impeça que eu vá embora, já não suporto continuar aqui com minha saudade, sem que queira que eu realmente fique.

Lembranças Recentes

Olhei para as alturas, e no céu, apenas encontrei uma estrela a brilhar solitária. Como se me visse em seu reflexo, quis o seu bem ao meu lado, e pensei que ela também quisesse ficar. Quando pedi que me desse um sorriso sincero, a estrela apagou-se no céu negro de uma noite vazia, deixando-me só, com minhas lembranças.

Minha Herança (Enquanto Vivo)!

Qualquer lagrima que me escapa, carrega teu nome! Dor do passado que me atormenta pelas ruas, enlameadas com lembranças, e me tira o sossego das noites solitárias em minha casa.
Quase todos os meus sorrisos, são para você! Mulher que amei em meus bons dias de menino, e fui feliz enquanto tu me aceitavas como sou, e me tranqüilizava com teus abraços tão carinhosos.
Toda a minha indiferença sobrou para tu! Falso amor em que me arrisquei, e perdi o pouco orgulho que me restava, pensando que podia esquecer do que me fez bem, sentindo-me sempre mal ao teu lado.

Será que tenho uma chance?

E se eu pedir desculpa pelos meus erros?
E se eu jurar que o eterno não acaba?
E se eu cantar canções de amor?
E se eu escrever meus versos para você?
E se eu sorrir sempre que te ver?
E se eu sentir sempre saudade?
E se eu ficar te vendo dormir?
E se eu te levar para passear?
E se eu lembrar das datas?
E se eu sempre te der uma flor?
E se eu fizer as coisas certas?
E se eu ainda te amar?

Se fosse diferente

Podia ter sorrido um pouco mais, podia ter-la feito rir
Podia ter te explicado os razões, podia não ter dado motivos
Podia ter amado só você, podia ter só seu amor
Podia ter feito tudo diferente, podia ter feito o que não fiz

Decadência

Entre as folhas amarelecidas e canetas gastas que já não escrevem, debruço com os olhos vermelhos, em meus versos e pensamentos que não fazem nenhum sentido.
Risco e refaço algumas anotações, amasso algumas folhas e jogo-as no lixo, mas não as rasgo nem me desfaço delas afinal, sempre posso precisar de alguma inspiração.

Sim, ele cortou os pulsos...

Quis viver com você, mas tu me pediste para que morresse por ti!
Quis voar do teu lado, mas tu não me ensinaste a usar asas!
Quis ver-la dormindo, mas tu nunca conseguiste dormir comigo!
Quis sorrir para sempre, mas tu me disseste que tudo acaba!

Talvez, Você

-Você precisa de amor!
-Talvez precise aprender!
- Você precisa tentar!
- Talvez precise desistir!
- Você precisa me amar!
- Talvez precise esquecer!

Alguns Nãos

Não quero ser tua sombra
Não posso ser o teu reflexo
Não consigo calar minha voz
Não gosto do teu silêncio
Não aceito que vá sem mim
Não peço que fique sem querer
Não te odeio pelo que me faz
Não sei por que te amo

19 de novembro de 2008

Eu, o Outro...

Seco tuas lágrimas com carinho
Devolvo o riso em teu rosto
Te aqueço com abraços apertados
Sussurro em teu ouvido sobre o meu amor


Me despeço com beijos apaixonados
Deixo-te partir para onde quer
Sentindo a inveja de quem te tem
Me entristeço pois sou eu, o outro

18 de novembro de 2008

Questões ao tempo...

O que me resta além do orgulho ferido e os olhos inchados de tanto chorar?
O que posso esperar além daquilo que já não me quer, e é feliz longe de mim?
O que esquecer além das lembranças do passado que são as melhores de minha vida?
Entre quem decidir além de rosas, borboletas e estrelas?

17 de novembro de 2008

Alguma coisa sobre a saudade...

Deixo que as gotas da chuva me molhem, em uma tarde de verão.
Sentindo saudade de quando tua respiração me refrescava.
Olhando o horizonte com o sol, prestes a se esconder
Choro lagrimas de dor por sorrisos passados

Um Reflexo (Talvez Meu)

As vezes me vejo como sou, percebo que sou bem pior do que me vejo, quando sinto o peso de meus erros, e quando procuro no futuro o que tinha no passado. Me vejo mas meu reflexo não parece feliz. Este é o reflexo de como me vejo. Inverso a tudo aquilo que sou!

Quero (Com Você)

Eu quero seu abraço por ao menos um momento
Eu quero pegar tuas mãos e não ver passar o tempo
Eu quero teu riso e um pedaço do seu coração
Eu quero teu beijo e um pouco de atenção
Eu quero tua presença e também o teu amor
Eu quero este momento e mais nenhuma dor

6 de novembro de 2008

As Vezes...

Penso que quero voar
Mas tenho medo de altura
Imagino ter companhia
Mas adoro a solidão
Planejo o meu futuro
Mas lembro do passado
Sinto que posso sorrir
Mas prefiro chorar
Quero fazer o certo
Mas insisto no erro
Tento ser igual a todos
Mas sou diferente

3 de novembro de 2008

Uma só coisa...

Como nas últimas noites, das últimas semanas penso em uma menina sorridente que conheci, como se fosse por acaso. Lembro de seus olhos brilhantes, em suas frases (muitas vezes deixadas ao meio)  e penso no quanto gosto de ter o seu pequeno corpo junto ao meu. Fecho os olhos e lembro da última vez que a vi.

Relembro suas palavras e, em uma folha a parte, rabisco apressado alguma coisa que me possa ser útil na tentativa de reescrever um momento. Rasuro insistentemente a folha manchada, numa busca pela combinação satisfatória das palavras em meu intuito.
Circulo algumas sentenças e passo um traço sobre outras. Monto e desmonto meu quebra cabeça, lutando com as pequenas peças que não se encaixam em lugar nenhum.
Por fim, assino a folha levemente perfumada que ostenta apenas um pensamento e este, é o maior de todos...
TE AMO...                                                                                                            

14 de outubro de 2008

Falando Sobre Silêncio!

Você sorri para mim, mas sorri para outros do mesmo jeito

Você me abraça, mas envolve a todos que quer bem
Você diz que me ama, mas não acredita em amor
Você sente saudade, mas gosta de ficar sozinha
Você sonha comigo, mas me esquece em seus devaneios
Você gosta de minha voz, mas me manda calar a boca
Você pensa em mim, mas não sabe o que pensar!

10 de outubro de 2008

Um Anjo Sem Asas

Um pequeno capitulo, de um pequeno projeto de livro.....


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2 de outubro de 2008

Se Eu Pudesse

Se eu pudesse controlar meus pensamentos e anseios

Impedir minhas  lembranças e sentir só uma coisa

Escolheria o que sinto quando te vejo

 

Se eu pudesse parar o universo e os planetas

Impedir o tempo e escolher um único momento

Escolheria um em que estivesse em meus braços

 

Se eu pudesse escolher as palavras e quem iria me ouvir

Impedir interpretações erradas e dizer apenas uma frase

Escolheria você para falar que te amo

O Lugar

Quando não sei onde quero chegar, 

Me contento com qualquer lugar.
Quando sei onde não quero ir,
Me fasto deste lugar.
Quando quero chegar onde não sei,
Pergunto se este é o lugar.
Quando chego onde quero,
Procuro um outro lugar

27 de setembro de 2008

Como sou!

Sou mais um entre tantos outros

Sou só eu em minha solidão
Sou tudo o que posso querer
Sou pouco em muitas coisas
Sou como pareço ser

Pensar e Fazer!

Se eu fizer o que quero quando me despedir, 

Vou sentir o gosto de sua boca, em um beijo roubado!
Se eu pensar no que gostaria que você fizesse,
Vou imaginar que é você quem me rouba o beijo!

Motivos Para a Loucura

Sou um louco! Por não ter baijado sua boca ao partir!

Sou um louco! Por pensar nisto!
Sou um louco! Por sonhar com o cheiro de tua pele!
Sou um louco! Por querer te tocar!

O Maior Momento de Silêncio

No momento em que as palavras se calam

E a luz desaparece em buracos negros
Quando finalmente o fogo congela
E os sentidos perdem a razão
Eu encontro o silêncio de meus pensamentos

26 de setembro de 2008

Do que você tem medo (O que deveria temer)

Você tem medo de minha proximidade,

Mas sempre me abraça
Você tem medo de sentir o que sinto,
Mas faz eu te sentir cada vez mais
Você tem medo de ouvir minha voz,
Mas adora que eu fale em seu ouvido
Você tem medo de gostar dos meus carinhos,
Mas adora o toque de minha mão
Você tem medo de gostar do meu gosto,
Mas adora morder minha pele
Você tem medo do que vão falar,
Mas gosta que falem de ti
Você tem medo de sonhar comigo,
Mas vive tendo devaneios
Você tem medo de me ter,
Mas odiaria me perder!

24 de setembro de 2008

Com os olhos abertos

Fecho os olhos para ver teu sorriso brilhante que me faz tão bem, e imagino teu abraço que me envolve e me aquece sem saber.
Fecho os olhos e penso fazer carinho em teus cabelos e me acalmo com tuas mãos me tocando a pele.
Fecho os olhos para ouvir o som de sua voz em meu ouvido e falo sozinho o quanto te quero de olhos abertos.

22 de setembro de 2008

Noites de Solidão

As noites parecem calmas em minha solidão. Não há vozes ou luzes. Não há nada além de mim e meu coração, mas este, meu velho relógio enferrujado, insiste em me atormentar. Bate constante nos tambores de meu peito. Faz barulho até acordar minhas lembranças e patrocina minha memorias.
A noite, antes calma, se rende ao ritmo funesto de sua melodia. Os meus olhos nublam e, carregados, chovem lagrimas acidas. Minha garganta se inuda de palavras que se misturam, para então transbordar num grito de dor e de amor.
O silêncio da noite rasga-se com minha voz embargada e é tão triste me ouvir sozinho, que toda a pele se arrepia enquanto chamo o teu nome.

20 de setembro de 2008

O que podia encontrar

Podia encontrar um riso que me fizesse sorrir e braços que me envolvessem em paixão.
Podia encontrar palavras que me deixassem tranquilo e carinhos que me fizessem dormir.
Podia encontrar alguns sonhos em comum e beijos que me fizessem sonhar.
Podia encontrar tanta coisa em você...

Ameaça

Cansado de esperar pelo beijo que não tenho, hei de me entregar a braços que não me envolvem e carinhos que não acalentam.
E sentindo falta do amor que não sente, vou me entregar a paixões passageiras e desfrutar da solidão a dois.
E se só eu sonhar acordado, vou ter devaneios com outras mulheres e acordar nos braços de qualquer uma.

19 de setembro de 2008

Se precisa ir...

Se precisa ir, me abraça mais forte para que eu fique com teu cheiro em minha roupa.
Se precisa ir, fala em meu ouvido até logo para eu te esperar com a pele arrepiada
Se precisa ir, afaga minha cabeça com carinho para que eu me sinta querido.
Se precisa ir, sorri em sua despedida para que eu pense que te faço bem
Se precisa ir, deixa o gosto de seu beijo para que eu sonhe com tua volta.

18 de setembro de 2008

Sem Tempo Para o Adeus

O lugar era o mesmo de sempre e o relógio devorava o tempo como sempre fez, de segundo em segundo.
As pessoas seguiam seus caminhos, cada uma de seu jeito, cada uma com seu próprio ritmo, afundados em pensamentos e preocupações enquanto eu, estava ali, parado entre a multidão, tomado de um só pensamento.
O ponteiro do relógio insistia em se mover mais rápido do que o normal, girando em sua inércia programada, enquanto levava consigo minhas esperanças de te ver.
Lembrava com os olhos fechados, o prazer que teu sorriso me estampava na cara, a torpez que teus olhos exerciam sobre mim e, imaginava, qual seria a minha reação ao beijar sua boca.
Outro minuto se perdia nas engrenagens enferrujadas de meu inimigo, outro minuto sem você.
Andava de um lado para o outro procurando em outros corpos, o seu corpo ainda misterioso, em outros olhos, os seus olhos brilhantes, em outras peles, as estrelas de um céu.
E o tempo, vil inimigo dos que esperam, continuava passando.
Fechava os olhos com força para depois abrir-los, quem sabe assim você me aparecesse de surpresa, quem sabe me envolvesse em seus braços e aconchegasse minha cabeça junto de seu coração? Quem sabe o que faria ou onde estaria você?
Quem sabe?
Levantei de meu lugar e lancei um último olhar em volta, você não estava lá naquela noite. Você não veio nem para me dizer adeus!

16 de setembro de 2008

O que faria...

O que faria...
...Se quando lhe desse a mão, quisesse enlaçar sua alma?
...Se no meio da noite me ouvisse gritando seu nome?
...Se entendesse que o meu bem querer te ama?
...Se no meio de um abraço amigo lhe desse um beijo amante?
O que faria?

Questões de Uma Lembrança

Tanto tempo se passou, mas eu ainda gosto de lembrar das noites que a tinha em meu peito.
Naquele tempo eu não entendia o que mais queria e acabei perdendo você para outros que reconheciam o teu valor.
Agora, mesmo que acorde sozinho, teu cheiro esta comigo por onde quer que eu vá, resistindo e lutando para não se perder entre ruas meretrícias.
Eu ainda vou conseguir te esquecer nos braços de outra, que seja exatamente como tu, me esbaldando em prazeres que adoraria te ensinar.
Ainda encontro um amor, e que seja o teu, pois mesmo acompanhado pela solidão eu vou esperar.

Frases Soltas

A loucura de minha sanidade aquece-se em camisa de força!

Se as coisas fossem diferentes não teriam a graça que tem, todas as minhas desgraças divertidas.

Quando penso que tudo esta perdido, encontro alivio na escuridão junto a alguns fantasmas.

Olha! Me deixa beijar a sua boca enquanto posso sonhar com o teu amor?!

Não quero ser bom para sempre, nem quero ser bom a ponto de logo passar.

Não sei o que foi melhor, se o fim ou inicio de tudo, os dois foram bons!

Meus olhos marejados e prestes a jorrar, choram lagrimas de sorrisos insinceros.

A merda da meia foda, é que o coração acelera mas o tesão não explode.

Os rastros daquela noite continuam nos lençóis brancos que a amei.

Em Noites Nubladas

Ela apareceu por detras das nuvens de chuva. Brilhou alguns segundos diante de meus olhos e deixou-se esconder em meio a um céu tempestuoso.
Agora, mesmo nas noites nubladas, eu fecho os olhos e vejo uma estrela.

O Segredo das Rosas

Nas profundezas de meus infernos enterro minhas raízes, para que sejam pilares para minhas pétalas mais altas. Por isto sou vermelha, me queimo de desejos.

Receita: Uma relação

Eu procuro um pouco de tudo
Um pouco de humor pela manhã
E melancolia no fim de uma noite
Uma pitada de cinismo bem passado
E humildade recheada de sutilezas
Uma porção de beijos apaixonados
E cobertura de dores da saudade
Eu preparo com amor automático
Mecho até parecer homogênea
Deixando-a em diversas partes
Unto seu ego com elogios vazios
E despejo meus rubores tímidos
Aqueço-a com meus abraços amigos
Pelo tempo que me queira como amante
Sirvo-me de tudo que conseguir
E que não seja pouco o que me oferecer
E que me seja muito tudo o que puder dar

Depois de Uma Noite

Uma menina apareceu-me na porta, vestida de toalha com o corpo ainda molhado, pensando que já era mulher.
Uma mulher saiu de minha cama, nua como veio ao mundo, tremula como uma criança.

Chuva de Estrelas

Quando caminho nas nuvens
Encontro as estrelas no céu!
Nas profundezas da terra
Vejo estrelas do mar!
O mundo tem mais estrelas
Do que posso contar!

Desejos da minha vida

Quero me libertar das correntes que me prendem nos abismos de meus medos
Quero saldar os credores que me cobram acrescendo rugas em meu rosto
Quero conhecer o amor dos que me querem, mesmo quando não consigo sorrir
Quero acabar nos vales floridos que me devolveram a vida!

Chapeuzinho Vermelho (Releitura Dinâmica)

Enquanto ela corria pelo vale, usando apenas um chapeuzinho vermelho
Ele se esgueirava pelos arbustos como um lobo muito maldoso
Ela carregava consigo o doce néctar da virgindade
E ele quis roubar-lhe a pureza de seu passeio
Ela reagiu com a fúria de uma meretriz traída
Enquanto ele a atacava como uma fera endiabrada

Quando nos Re-encontrarmos

Um dia sonhamos, em ver nossos sonhos realizados
Em dia choramos, de tanto rir
Um dia pensamos, que amar era eterno
No dia, vimos que tudo acabou
Um dia queremos, e desistimos de tentar
O dia vai mostrar a verdade
Um dia nos encontramos, para matar a saudade
Num dia teremos que nos re-encontrar.

As peripécias de meus desejos

Faço cara de cão esperando migalhas...

Enquanto espero os teus carinhos brincalhões, recompensa de meus truques obedientes, e de minha treinada submissão...

...Faço-me de amigo, e sigo como um palhaço em piruetas que espera do publico uma ovação...

...enquanto espero teu beijo!

Quando Acordo

Vejo-te saindo da cama, com o requebrado de seus quadris e com a pele ainda suada, e calculo o quanto falta para se misturar as minhas lembranças. Quem sabe anseio que dure mais do que algumas manhas, e recuse que seja por noites eternas. Quem sabe até espere que você me espere amanhã e te lembre por mais tempo do que todas outras.
Num piscar sonolento de olhos, você esta a porta pedindo-me de volta e eu te aceito e a possuo como santa, de tendência pecaminosa.

Menina Mulher

Teu jeito de menina pura, esconde a mulher profana que habita dentro de ti
Teu sorriso meretrício, oculta tua boca infantil ao falar de amor
Teus olhos de menina mimada, esconde os mimos que teu âmago deseja
O gelo de teus olhos quando me vê, disfarça o calor de sua febre infantil
Teu jeito de menina tem um jeito de mulher

Por que Você é Foda

Você brinca com meus sentimentos, pensando que participo de seus jogos
Você lança a sorte em minhas chances de felicidade, achando que gosto de chorar
Você dança no teatro vazio da solidão, crendo que serei sempre seu par
Você tem certeza de minha paixão incondicional, achando que não
Você põe em duvida meus amores antigos, e sabe que pode!
(Por isso você é foda!)

Quando Pintou Uma Estrela

Quando cobriste teu corpo com parte do céu, levou meus sonhos de menino junto e despertou no espirito envelhecido de uma lua, o desejo de ter uma de suas estrelas para si.

13 de setembro de 2008

Correndo Contra o Tempo

Corro atrás do meu inimigo, o tempo, que esta sempre um passo diante de mim.
Mas a medida que o tempo vai passando, sinto falta do tempo que antes, me era distante.
Mesmo que tente parar minha corrida, o tempo vivido ficou pra trás.

Por Que Tu, Borboleta...

Tu apareceste-me como um fantasma em meio a noite escura de minha solidão.
Sugaste-me da vida as boas lembranças para encher minhas memórias com teus pés me pisando.
E voaste com tua doçura entre meus dedos que te deixaram partir como uma borboleta, que um dia tentou parecer com uma mulher.

Aos Homens da Guerra

Nas linhas inimigas o soldado esta só
Sem orgulho se arrasta no meio de suas vitimas
E se suja com o sangue que lhe parecia sujo
E se banha no resultado de um ódio por si próprio

Anseios

Tú me desafia e me acalma, me incita para depois me ignorar. Beija meu rosto como quem busca meu peito, mas quando em meu peito busca a distância de uma amizade.
Tú me empurra pra outro lado e me puxa em um abraço. Consola as ansias que me provoca e me provoca com teus anseios...
Mas quais serão seus anseios?

12 de setembro de 2008

Em Meio a Noite Escura

Foi em meio a noite escura, dessas que nem a lua tem coragem de aparecer, que ela sorriu em minha direção. Olhei para os lados e em torno de mim, procurando a criatura que fora presenteada com tão belo riso e, com ceticismo, vi que estava sozinho.
Seus olhos me fitavam com a graça de sua natureza e brilhavam tanto, que temi que os mais obscuros de meus pensamentos fossem assim, tão inusitadamente, revelados.
Vindo em minha direção, parecia disposta a embrenhar-se pelos meus poros, correr junto de meu sangue e transformar a pedra em meu peito em migalhas, como o fez.
O tupor impediu-me de qualquer reação - e quem me derá ter tido forças para fugir - cara-a-cara com ela, senti a saliva fugindo de minha boca e as palavras emudecendo em consternação.
Os meus olhos, impedidos de piscar, viam de perto os detalhes de suas formas, aplaudiam o balé de seus cabelos ao vento e suplicavam a boca, que sem saber, sempre desejei.
Mas ela estancou a alguns centimetros. Respirou tão profundamente que pareceu-me roubar o que estava em meus pulmões, fechou os olhos por um instante e, como quem houvesse ponderado muito a respeito de alguma coisa, quebrou o silêncio da noite dizendo-me apenas 'adeus'.

11 de setembro de 2008

Pequenos Desejos

Sonho com os olhos abertos e de peito fechado e estou repleto de desejos que não sei se quero ter, tomado por expectativas de coisas que talvez você não possa realizar.

Pingos nos i's

Cada verso, texto ou seja lá o que escrevo for, tem como objetivo preservar minhas próprias lembranças e servem-me como um diário.
Muitos destes textos, trazem fatos reais distorcidos e manipulados, para que me sejam legíveis, por tanto úteis em seus fins.
Outros servem apenas como um transbordo, uma forma de exteriorizar o que sinto no momento escrevo.
Se se dedicar a descobrir o real por detrás de cada palavra, não se assuste se descobrir que um abismo não passou de um pequeno buraco e que um desejo de vida não passa de fixação a morte.
Só não disfarço quando falo de amor.

Fantasias do Adeus

Você diz até logo e me abraça para se despedir, beija-me o rosto sem perceber o prazer que seu toque provoca ao meu corpo tremulo.
Com teus braços me envolve por um segundo que me vale a eternidade e com a ponta dos dedos acaricia minha pele arrepiada.
Sussurra que me cuide, tão próximo de meu ouvido, que posso sentir o hálito quente de sua boca que me congela a espinha.
Desvencilha-se dos meus braços e parte sem olhar para tras, sem me ver, ainda com os olhos fechados, vivendo a minha fantasia.


10 de setembro de 2008

Como Imagina

Se eu fosse como imagina, já teria revelado os meus desejos, segurado tuas mãos e aberto meu coração.
Se eu fosse como imagina, me atreveria a te abraçar por um segundo mais, sorriria de sua reação e não aceitaria o teu adeus.
Se eu fosse como imagina, já teria tomado seu rosto entre minhas mãos, afagado-lhe os cabelos e beijado a tua boca.

Cantiga de Roda (para adultos)

As garrafas já secaram e o cigarro apagou
As velas derreteram e a luz acabou
As promessas se quebraram e o amor se findou

Esperando

A cada despedida, espero com a boca ressequida o beijo que nunca vem e a deixo partir, mesmo querendo que fique um minuto mais.
Permaneço parado no lugar da despedida vendo teu corpo tomando distância do meu e espero, em vão, que olhe para trás e me dê um último asceno.
Quando já não posso mais ver-la, pego-me pensando no dia seguinte, planejando e tramando o nosso beijo que talvez devesse roubar, talvez devesse pedir, mas sempre acabo por esperar.

9 de setembro de 2008

Talvez Eu, Talvez Ela

Talvez eu esteja enganado
Talvez ela não perceba
Talvez eu não precise dela
Talvez ela não precise de mim
Talvez eu consiga disfarçar
Talvez ela finja que não entende
Talvez eu possa viver sem ela
Talvez ela queira viver sem mim
Talvez eu fique melhor sozinho
Talvez ela prefira a solidão
Talvez eu consiga esquecer-la
Talvez ela nem pense em mim
Talvez um de nós tenha certeza!

Amor, meu carrasco

O amor me priva de sua felicidade, dando-me pouco mais que a saudade de pequenos momentos que mais me parecem tormentos.
O amor me inunda com desejos, restando-me o gosto dos beijos que ficaram num passado distante e no desejo de tudo como era antes.
O amor me deixa com a solidão, trancando-me no escuro com meu coração que bate continuamente para que eu morra lentamente.

Me Solte

Não me prenda
Nem repreenda
Não me use
Nem abuse
Não me foque
Nem enforque
Não me siga
Nem prossiga
Não me chame
Nem ame

Ela (Alguém que não quero)

Ela ama quem quer e quer amar a quem quiser.
Ela usa quando quer e quer usar como puder.
Ela ilude quando quer e quer enganar a quem vier.
Ela é menina quando quer e se quer se faz mulher.

Eu não sei se ela...

Ela me pede, eu faço
Ela dita o ritmo, eu canto
Ela me ilude, eu acredito
Ela dá as regras, eu jogo
Ela me segura, eu espero
Ela manda ir, eu vou
Ela me inspira, eu escrevo
Ela parte, eu fico
Eu a amo, ela eu não sei...

Talvez Ela, Talvez Eu

Talvez eu a queira, talvez ela me aceite
Talvez eu me mostre, talvez ela me veja
Talvez eu me aproxime, talvez ela não fuja
Talvez eu a abrace, talvez ela me envolva
Talvez eu a beije, talvez ela retribua
Talvez eu me apaixone, talvez ela tambem
Talvez, talvez e talvez...
(Centésima postagem do blog)

Primeira vez...

Já senti falta de quem chegou e partiu, mas é a primeira vez que tenho saudade de alguem que não veio.
Já sonhei com muitos momentos, mas jamais quis tanto realizar o sonho de minha última noite.
Já vi muitas estrelas pensando em uma pessoa, mas nunca pensei tanto em alguém com suas estrelas.
Já falei outras vezes que amo, mas é a primeira vez que tenho medo de falar de meu amor.

8 de setembro de 2008

Estrela Cadente (Desejo)

Teu vestigio fica no céu de minha vida, um risco brilhante que te segue enquanto passa distante do lugar que estou.
Segue o seu caminho rumo ao desconhecido universo que ilumina e eu com os pés no chão tento toca-la além do firmamento.
Vejo-a passando para além de meu alcance enquanto tudo que peço é que esteja mais próxima de mim.

Uma Verdade

Forço-me a acreditar em suas palavras, finjo que elas são sinceras e não questiono tuas declarações.
Sorrio com teus risos forçados, choro com tuas lagrimas falsas e te consolo com meus mais sinceros sentimento.

Estrela

Um dia, as estrelas cairam do céu sobre as folhas coloridas que com giz pintou e com teu jeito de menina, fez da noite escura a mais bela visão.
Um dia, as estrelas pularam de teus desenhos para beijarem o teu pescoço e com teu jeito de mulher, fez das estrelas uma constelação.

Melhor Para Alguém

É melhor que eu me afaste antes de me aproximar.
É melhor que te esqueça antes de estar repleto de lembranças.
É melhor que te deixe antes de te ter.
É melhor que te fruste antes que eu me iluda.
É melhor que te largue antes de ter-la nos braços.
É melhor que não a veja antes que me cegue.
É melhor que me odeie antes que eu me apaixone.

No Lugar do Adeus

No mesmo lugar do último adeus, você me abraça por um segundo mais que o normal. Sem jeito, afago-lhe os cabelos e a trago mais para perto de meu peito que te anseia a tantas despedidas.
Teu trem fecha as portas enquanto tua boca abre-se num sorriso timido, porem já conhecido, no teu jeito de menina mulher.
Como se soubesse ler meus pensamentos, beija-me a boca e com um sussurro diz-me ao ouvido que preferiste ficar.

6 de setembro de 2008

O Último Adeus

Ela disse adeus e sem olhar para trás lançou-me um asceno desinteressado, partiu sem olhar-me nos olhos e sem ver meu coração partindo-se em mil pedaços.
Deixou-me sozinho, no lugar que outrora imaginei um beijo, envolto na breve lembrança de seus cabelos em minhas mãos.
Foi-se sem aviso, com um ar cansado de meus sentimentos e um olhar frustrado em relação a eles.
Deu-me os ombros, como se faz com o que não se quer e não me quis nem mais como um amigo.

O Que Quiser

Se quiser minha atenção, me arrebate
Se quiser meu sorriso, me distraia
Se quiser meu abraço, me envolva
Se quiser meu beijo, me roube
Se quiser meu amor, me iluda
Se quiser minha vida, me mate

Perdas e Ganhos

A cada escolha uma renuncia e a cada renuncia uma saudade.
A cada dadiva uma maldição e na maldição uma vaidade.
A cada segundo menos tempo e com o tempo mais idade.
A cada lagrima um sorriso e no sorriso um pouco de felicidade.
A cada beijo uma demontração de amor e no amor a promessa da eternidade.

Comprenda!

O que lê, carrega parte de minha alma e a outra parte é apenas minha imaginação.
O que encontra são meus temores revestidos de coragem e meus anseios disfarçados na calma.
O que vê é minha sanidade louca e meus sonhos traduzidos em palavras.
O que descobre é o que permito que me roube e o que presume qualquer um poderia fazer.
Então busque a verdade em meus olhos, sinta o que sinto em meu peito e eternize meus versos com um beijo de tua boca.

O Que Há De Fazer?

Embalado com esmero entrego meu coração a quem mal conheço, sem intruções do que fazer com ele, sem indicações do que não fazer.
Entrego-o por desejo e impulso, e sem arrependimentos observo enquanto retira-o da caixa ainda quente e pulsante.
Você não me diz nenhuma palavra e eu, em vão, tento ler teus pensamentos, enquanto com meu coração nas mão, decide o que há de fazer.

5 de setembro de 2008

Quando Não É

Se o riso não é sincero, é amarelo
Se a lagrima não doi, corrói
Se o abraço não envolve, devolve
Se a saudade não aperta, desperta
Se o sonho é ruim, é o fim

4 de setembro de 2008

Vem

Vem, invade minha vida e muda meus caminhos, mostra que ainda tenho jeito e do seu jeito me faz feliz.
Vem, toma minhas lembranças e transforma meus sonhos em realidade, faz da minha necessidade regalia.
Vem, cura minhas feridas e faz nova marcas em meu peito, beija minha boca e cala meus medos.
Vem e fique o tempo que quiser.

Novamente, o mesmo

Fecho os olhos enquanto beija meu rosto, aproveito cada segundo de seu toque e a eternidade prazerosa de seus labios em minha pele.
Outra vez você se despede sem perceber os vulcões que desperta em meu peito

Aparição

Hoje teu fantasma me perseguiu pelos corredores confusos de minha vida.
Mais de uma vez teu espectro se levantou diante de meus olhos, com o mesmo sorriso que já amei, e ainda não esqueci.
Tua imagem insistiu em aparecer e sumir vez após outra sem nada a me dizer.
Hoje teu fantasma assombrou meu dia e me deixou com os temores de não mais ter-la em minhas noites.

3 de setembro de 2008

Próximo Passo

Fico sem palavras enquanto você se cala, os sorrisos tornam-se nervosos, quase que sem graça, as mãos suam mais do que o normal e os olhares não ousam se cruzar.
Não estamos perto do fim, apenas receosos diante de um inicio.

30 de agosto de 2008

Reconstrução

Roconstruo o castelo de minha vida longe de qualquer vilarejo mediocre, entre uma floresta amaldiçoada pelos arrependimentos e uma catedral de sonhos há muito abandonada.
Cerco minha morada com os tijolos de meu orgulho, sobre os alicerces de minha experiência e ergo o mais alto que posso o muro de minha indiferença.
Tranco nas masmorrass subterranêas de meu asco os ladrões de minha alegria e abrigo nos cofres de meu coração o amor que há de permanecer em silêncio em meu peito.
Cavo fossas profundas e as preencho com ofensas e acusações, erguendo torres de marfim para abrigo de meus amigos.
Instruo meus exércitos a atacar quem se arriscar a usar a ponte movediça disposta na entrada, quem me é bem vindo conhece meus caminhos secretos.

29 de agosto de 2008

Esperando Teu Beijo

Teus lábios me tocam a face e se demoram um segundo mais do que o normal.
Tua mão envolve-se em minha nuca e me permite sentir teu cálido toque.
Teu corpo aproxima-se do meu como nunca fizeste antes.
Com um sussurro em meu ouvido despede-se e parte em seu caminho.
Fico imóvel plantado onde me deixou, cheio de dúvidas e com a boca entreaberta.

28 de agosto de 2008

Tão Perto Que Não Se Vê

Tateie as linhas e as letras de tuas cartas de amor para no fim perceber que com tuas mãos nada entendeu.
Sinta o vestigio do perfume que um dia perfumou teu peito e se contente com a saudade que te inunda.
Tente ouvir o que um dia deveria ter escutado nas entrelinhas e se encomode com teu coração que bate mais forte.
Procure nas folhas qualquer coisa que lhe devolva o doce gosto do beijo e encontre o sabor amargo do arrependimento.
Aproxime dos olhos as promessas feitas e jamais realizadas e compreenda que quando muito perto um grande amor se ofusca.

27 de agosto de 2008

O Tempo Há de Passar

Quando já estiver cansada de brincar com teus bonecos e preferir não correr junto as outras crianças.
Quando se cansar dos contos de fadas e perder a paciência com as trança de seus cabelos.
Quando os romances forem mais atrativos do que os desenhos e gostar de brincar de salada mista.
Terás crescido minha menina e será uma linda mulher.

Faça

Faz bico e do seu jeito pede mais do meu peso sobre o teu corpo.
Me arranha e com tuas garras me puxa mais pra perto de ti.
Me molha e abre teus poros para me banhar em seu prazer.
Me sufoca e me prende com tuas pernas em volta do meu corpo.
Faz farra e com meu jorro imita a criança na chuva.
De sorrisos e me abrace quando acordar do meu lado.
De sussurros e de saida jure que volta de noite.

25 de agosto de 2008

Conto de Fadas Moderno

O dragão parou de cuspir fogo
Agora escarra ofensas!
O herói largou o duelo de espadas
Agora utiliza canhões!
O cavalheiro não resgata a mocinha
Prefere apenas 'dar uns pega'!
A bruxa não tem feitiço para virar sapo
Prefere viver de aposentadoria!
O 'para sempre' não é mais eterno
Agora da pra 'dar um tempo'!
A floresta encantada foi destruida por tratores
Estão contruindo condomínios no terreno!
O fim já não é ponto final
É mais lucrativo fazer trilogia!

Beija-Flor

Vejo teu corpo, parecendo veludo
E tuas curvas, iguais a mais perfeita flor
Afinal tu és uma rosa
E eu um beija-flor

Será (Em Outros Tempos)

Serei eu quem há de te entender em sua confusão organizada?
Será você quem vai decifrar minha prepotência medíocre?
Será ele quem vai se juntar em nossa desunião?
Seremos nós que vamos mudar o mesmo mundo de sempre?
Vos lho sereis justas todas as voltas ao caminho reto?
Serão eles que vão acabar em histórias felizes?

Cinco Sentidos(+1)

Teu gosto amarga em minha boca
Teu cheiro me deixa enjoado
Tua imagem fere meus olhos
Teu toque queima minha pele
E tua voz mente aos meus ouvidos
(O meu instinto acredita!)

Teu jeito, imutavél

Quando ler meus pensamentos, há de imaginar que me refiro a você. Irá supor que descrevo teu corpo ou tua maneira de ser, e no intimo pensará que ainda me vale algo nesta vida.
Quando ler meus pensamentos, entenderá tudo errado, como sempre o fez.

Sem Destino

Logo ali tão distante, diviso onde quero chegar, logo ali a dois passos de onde não consigo alcançar é onde você esta.
No segundo seguinte sou o primeiro que chega ao lugar que deixou, por segundos não te encontro onde devia.
Do mesmo lado do lado errado, me coloco a sua espera, lado a lado com a solidão que insiste em me fazer companhia.
Tão perto do longe, sigo para a direção oposta, tão perto de você e tão longe do seu coração, continuo perdido em meu caminho.

Enquanto Me Parece Real

Você me aparece na porta, recém saída do banho, mas ainda com o cheiro que é só seu.
Desliza pelos lençóis amarrotados de nossa cama, aconchegando a cabeça em meu peito.
Acaricia-me com a ponta dos dedos e retribuo-lhe afagando os cabelos ondulados que emolduram teu rosto tranquilo.
Diz, com a voz embargada pelo cansaço do corpo, o quanto gosta de dormir assim, protegida pelos meus braços e aninhada junto ao meu coração.
Dorme, após me fazer jurar que é para sempre. E o mesmo sonho sempre se repete antes que eu acorde em minha solidão.

20 de agosto de 2008

Além do Que

O que mais posso perder, além da sua presença?
O que mais posso ganhar, além da minha saudade?
O que mais há de me acompanhar, além da solidão?
O que mais vai me deixar, além de seu amor?

18 de agosto de 2008

Recado

Você que passa apressada sem me lançar um olhar e nada quer saber da minha vida.
Você que corre o dia todo sem ter um minuto para me ouvir e mesmo com tempo não me entende.
Você que se preocupa com coisas importantes distantes de mim e distante diz que pensa em mim.
Você que vislumbra um bom futuro comigo em seu passado e no que passou tomou as rédeas do futuro.
Você que ajuda quem precisa me deixando com a sua necessidade e necessita que eu ajude no que precisar.
Você, lembre de esquecer que eu não te esqueço e esqueça de lembrar que já me esqueceu.

Tu...

Tu, rindo de qualquer coisa, esquece-te de rir de si mesma e do quão cómica é tua vida, fútil e fria.
Tu, chorando por tudo, ignora as lagrimas que realmente deveriam ser derramadas e desperdiça as outras com ninharias.
Tu, crendo em milagres, ilude-se com sonhos que hão de se tornar pesadelos e perde o sono com o que se fará bom.
Tu, cética em tudo, esquece de crer no intocavél que logo será tangivel e desconfia do concreto que lhe cruza o caminho.

Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó

Dorme menina, dorme antes que vire mulher.
Releia teus contos de fadas e penteie suas bonecas
Minta para os mais velhos
Faça manha, bico e careta
Solte a pedra e salte amarelinha
Lance tuas ultimas brincadeiras
Sinta o que há de melhor na vida
Dorme menina, dorme antes que vire mulher.

14 de agosto de 2008

Epitáfio (I)

Nem me sobra nem me falta espaço, a falta de luz me é propicia a meditação, a posição faz-se aconchegante e meu repouso há de ser eterno.
Por favor, não me perturbe com suas lagrimas.

Arritmia do Amor

O coração acelera descontroladamente, parece que vai explodir para depois parar de funcionar sem nunca parar de bater e manter o corpo a funcionar em sua função limitada e incapaz, de se manter sobre o controle de seu coração!

Só Os Melhores

O jornal internacional não mostra a dor de um homem sem forças, que vaga sem rumo em nome do amor, carregando a cruz de tantos outros momentos em que era você o sofredor. O jornal esquece a dor de um humano, carregado de sonhos de viagens por sois, e quebra vidraças em nome desse amor. O Jô não entrevistas estes perdedores, jogados pelas calçadas de ruas jamais trilhadas.
Amadores não aparecem.

Antônimos (e sinônimo(s))

Existem coisas em minha vida que me devolvem o riso de quando criança
Memórias de um passado que morreu e de um futuro que não deve existir
Fragmentos esparsos que se funde em um quebra cabeça de minha vida
Pra me confundirem nos motivos de minha partida
E deixarem-me a certeza da dúvida de que vou ao partir
Desmentindo a mentira da verdadeira falsidade

Rotina

Hoje me assuntei diante do espelho e listei cada um de meus objetivos para depois rasga-los sem nem ao menos conferir.
Hoje me peguei conversando com as paredes e falei como realizar meus planos bons, e também os maquiavélicos.
Hoje dancei entrelaçado com a cadeira, uma dança estranha a seis pernas.
Hoje acordei abraçado com meu travesseiro e antes de levantar da cama fiz algum carinho nele.
Hoje usei o computador para encaminhar um e-mail e fui conferir feliz se ele já havia chego.
Hoje joguei xadrez comigo mesmo, mas desisti quando percebi que o outro eu trapaceia demais.
Hoje me surpreendi com um bilhete na escrivaninha, deixado na noite anterior naquele lugar.
Hoje disse adeus para as toalhas no varal, enquanto saia para trabalhar e elas acenaram com o vento.
Hoje percebi que estava sozinho acompanhado apenas de minha loucura.

A quem importar

O viajante recolheu-se no templo que encontrou no meio a floresta. Assim que entrou pelos portais da cidadela, o mestre que ali habitava solicitou-lhe a presença. No fim da tarde, após descansar seu corpo e alimentar-se de frutas, encontrou o mestre meditando defronte ao sol que já se escondia.
Assim que se aproximou, o mestre pediu para que ele se sentasse no tapete, colocado ao seu lado:
- Aqui, meditamos sobre as pessoas que passaram em nossas vidas, dedicamos não mais que um minuto para cada uma destas pessoas que passaram, e deixaram algo de si em nós, fazemos isto para que possamos dormir mais leves, um sono mais tranqüilo é alcançado pelo valor dado a quem realmente significou algo em nossa vida. Experimente pensar por ao menos um minuto em quem realmente importou algo para você no decorrer desta jornada.
O viajante ajeitou-se no tapete, imitando a posição do mestre, fechou os olhos e durante sessenta segundos meditou em quem realmente significara algo a ele desde que partira. Em um salto, levantou-se do chão que estava e, fitou o mestre. Este lançou um olhar cansado em sua direção:
- Imagino que ninguém além de você tenha sido importante neste caminho e, por isto, acabou seu exercício tão rápido.
- Talvez – disse o viajante – eu não tenha entendido muito bem sua proposta, em uma próxima vez, tentarei me incluir nesta lista. Dando as costas, foi para o quarto que lhe havia sido reservado, realmente mais leve, após reconhecer o valor de quem realmente foi importante em seu caminho.

Agora Que Já Ama

Este é o meu momento de partir, esta é a minha chance. Agora que você voltou a sorrir, devo seguir o caminho do desconhecido despreocupado,pois você ficará bem.
Quando sentir vontade de chorar, terá alguem para amparar suas lagrimas, se sentir saudades, logo terá alguem do seu lado, e se lembrar de mim, terá seu novo amor para dissipar as lembranças.
Posso ir agora que teus olhos voltaram a brilhar, que seu sorriso voltou a ser sincero e seus sonhos podem se realizar.
Posso ir agora, mas queria ficar.

Quero

Apenas um pouco de calor, suficiente para não me deixar congelar.
Apenas um sorriso, que me mostre que posso ser feliz.
Apenas algum dinheiro, para deixar todas as contas pagas.
Apenas um bom amigo, para me emprestar o ombro.
Apenas um amor, que me diga que tudo vale a pena.
Apenas a amnésia, que me faça esquecer tudo que já quis.

O Reflexo é Inverso

O sorriso toma meus labios, coroado por olhos brilhantes tambem alegres.
Na imagem refletida, um homem seguro de si, tomado de orgulho por tudo que fez, um homem que não se deixa abater.
No reflexo a imagem de quem ama e é amado em retribuição, a figura que deveria ser esculpida em rocha e imortalizada.
No espelho que reflete a lua, em um dia de sol, apenas vejo como sou.

12 de agosto de 2008

Assassino

Se te faz mal, arranca da tua vida as lembranças que te atormentam e enterra os momentos que já viveu num lugar desconhecido.
Se te aflige, esquece o sorriso que um dia deu e cuspa os beijos que já recebeu de alguem que nada mais vale.
Se te estorva, de as costas aos velhos habitos e finja não ter ouvido tantas palavras que no fim mostraram-se vazias.
Se te machuca, desconta a dor causada com o dobro da força e rasga ao meio as cartas que apenas juntam pó no meio de tuas coisas.
Se te faz chorar, jogue fora as fotografia simuladas que ostentam o riso forçado e leve a morte o amor que resistir em seu peito.
Será tu capaz de ser um assassino?

Pesadelo

Não tenho como fugir do filme inconsciente que se projeta no pano negro de minhas palpebras cerradas. São meus pesadelos que se exibem sem me permitir opinar.
No filme de minha vida, sou um mero coadjuvante, fadado a interpretar o papel que não escolhi, maquiado sem capricho com os traços que o destino, em minha pele, rabiscou.
Minha atuação é simbolica, basta aproveitar minhas dexas, e com naturalidade sorrir. O resultado é sempre o mesmo.
Uma salva de palmas ao meu melhor sorriso amarelo!

Propósito

Hoje é o primeiro dia do resto de minha vida! Hoje estou decidindo viver!
Admito meus erros e acertos até aqui e sei que sou responsável por tudo que esta por vir, então...
Vou semear minhas sementes por todo o jardim e esperar para colher sorrisos em outras flores, além das rosas.
Vou admirar o vôo da borboleta e pegar carona nas asas de rouxinóis.
Vou sorrir de coisas banais e chorar só com problemas sérios.
Vou rever velhos conhecidos e conhecer novas pessoas.
Vou aceitar as coisas como são e mudar tudo que não me agrada.
Vou ler livros de poesia e me divertir com histórias em quadrinho.
Vou procurar boas companhias e aproveitar meus momentos de solidão.
Vou dizer aos outros o que penso e escutar o que pensam de mim.
Vou colocar sonhos absurdos em minhas metas e vibrar a cada pequena conquista.
Vou gostar de outras pessoas e amar a mim mesmo.
Vou dar adeus ao que me faz mal e voltar a viver.

A Mesma Música

A mesma música toca no rádio. Enquanto tudo ao redor se transforma, a mesma melodia invade a noite que se arrasta insone, para deixa-la repleta de lembranças do tempo que cantavamos cada palavra, como declamações ou juras eternas.
As mesmas notas são executadas, em uma cadência já conhecida e o mesmo timbre de voz entoa nossa música, que continua sempre igual enquanto nós, mudamos.

8 de agosto de 2008

25 horas

Os dias são sempre longos quando se espera alguem que não vai voltar. Nesta espera, padeço pouco a pouco de males relacionados ao coração, males que machucam e quebram-me em milhões de pedaços sem de fato me matar. Os dias são mais longos quando se espera o beijo certo, mas foram tão curtos enquanto os tinha só para mim.

6 de agosto de 2008

Impressões da solidão

Ela parecia feliz, enquanto eu, tão triste, simulava um sorriso no rosto, quase palido, apenas para continuar, por alguns instantes, vendo-a feliz!
Ela pareceu não perceber, quando sem forças, deixei escapar uma lagrima, discreta, que escorreu pelo meu rosto, e entre suas rugas, sem nenhum amparo.
Ela pareceu não ouvir, quando sem voz, disse-lhe, uma última vez, te- amo.
Ela, pareceu desaparecer, deixou-me cheio de impressões, falsas, e seguiu seu caminho, enquanto eu fiquei.

Souvernir

Minha vida esta embalada em papel de presente, largada pelas prateleiras do mundo, sendo oferecida em uma promoção relampago pela proximidade do prazo de validade.
Em sua caixa sem manual, nada além dela mesma, já usada e gasta, se guarda. Espera no escuro de seu cubiculo alguem que a leve para casa, reserve-lhe um espaço na instante e quem sabe até a use.
A vida já não é minha, é de quem a quiser!

Que Se Repita

Quero ficar deitado por toda a noite com tua cabeça em meu peito e teus cabelos entrelaçados em minhas mãos que te acariciam.
Quero ficar sem palavras ou com apenas duas dizer tudo que sinto e descobrir nas tuas o porquê me sinto tão bem.
Quero sentir tua boca junto a minha, me surpreender com tua lingua reconhecendo meus caminhos e com a minha retribuir-lhe a visita.
Quero pegar no sono fadado a sonhos bons, acordar no meio da madrugada só para te ver dormir e com um beijo na testa garantir teu sono tranquilo.
Quero vê-la acordando, escondendo o rosto entre as mãos e ouvir você no banho cantando uma canção alegre enquanto lhe preparo o café.
Quero secar a água de sua pele e ajuda-la a se vestir, levar você até a porta e me despedir com um beijo.
Quero dizer-lhe até logo no lugar de um adeus e esperar impaciente a noite chegar.

4 de agosto de 2008

Decepção

Ontem pensei tela visto desabrochar em meu jardim, mas tudo que encontrei foi voce em flor, ontem pensei que se mostraria como és por inteiro mas nada me deu, hoje quando me chamar, não sei se corro para te ver.

31 de julho de 2008

A Atriz

Faça-me um favor, bata a porta quando sair e simule, como tão bem sabe fazer, que sofre ao partir, e quem sabes pode até fingir que foi você quem decidiu por isto. Faça-me apenas esse favor, continue a atuar em seu papelzinho até estar longe daqui. E longe, tu vais poder voltar o sua vidinha real e meretrícia, sonhando em ser atriz.

26 de julho de 2008

Onde Encontrar

Jogo fora minhas cartas, sem as amassar. Faço isto porque sei que minha dor vai passar, logo após um drinque em um dia de sol, eu volto correndo para mexer no lixo e tuas lembranças lá encontrar. Jogo tudo fora, para depois guardar.

Como Eu, Ele e Ela e os Outros.

Ele como eu, tem defeitos e qualidades.
Ela como eu, fingiu não ouvir.
Ele como eu, vai assoprar e ferir.
Ela como eu, preferiu não escutar.
Ele como eu, hão de emudecer e falar.
Ela como eu, preferiu não chorar.
Ele como eu, te apraz e machuca.
Ela como eu pouco o fez.
Ele como eu, se mostra e esconde.
Ela como eu, não procurou.
Ele como eu, ama e deseja.
Ela como eu, buscou outra opinião.

Transbordando

Verto as lagrimas do passado, que de alguma maneira permaneceram em mim e agora, jorram de meus olhos carregando lembranças e saudades, feitos e arrependimentos, dores e amores. Rolam livres em meu rosto vermelho e da ponta de meu nariz saltam em piruetas diretamente para o meu coração tão cheio.

25 de julho de 2008

Miragem

Pensei ter-la visto no momento em que o sol nascia e ofuscava meus olhos, pensei que era você que acenava à sua maneira, chamando-me para junto de si, pensei que enfim, você havia voltado e desta vez para ficar.
Levantei de onde estava e corri em sua direção, pensando no que faria ao alcançá-la, pensando no que faria ao ser abraçada, pensando no que faria se tudo fosse real.
Corri para onde não mais estava, e pensei ter-la visto de longe me dando adeus com suas pétalas que pareciam asas...

24 de julho de 2008

Significou

Houve um tempo em que as palavras nada mais eram do que elas próprias, este tempo passou a muito tempo. Neste tempo, o adeus era para sempre, para sempre não acabava, só acabavam as coisas que tinham inicio, o inicio era perfeito, o perfeito durava mais tempo, o tempo controlava a vida, a vida era feita de amor, o amor era livre, livre era poder voar, voar era ser como borboletas, borboletas eram insetos, insetos pousavam sobre flores, as flores podiam ser cor de rosa e a rosa era mais do que um presente.
Sinto falta deste tempo...

A Sol e O Lua

Há de existir alguém que possa explicar este trágico destino a que somos submetidos. Sempre em lados opostos em situações diferentes. Enquanto sou obrigado a me esconder, tu surges lançando sobre mim o teu calor e teu brilho deixando-me pálido antes de meu ocaso. Corro pra te encontrar, mas quando chego, tu esta exatamente onde eu estava antes. Será que foste a minha procura ou fugiste de mim? Enquanto eu no oeste você leste e os contrários se fazem verdadeiros.
Há de existir alguém que me tire esta obsessão por quem se fez um deus e tem o universo em torno de si e abrir meus olhos que sou apenas mais um que te busca, mas não o tem. Quem pode possuir-te, guardar-te no peito e se abrigar no seu?
Ora tu és intocável, não permite nem mesmo meu olhar por muito tempo, ameaça me cegar e obriga-me a fechar os olhos. O que não sabe, é que toda vez que o faço, imagino que tu me beijas que passa teus braços por sobre meus ombros e sussurra-me ao ouvido pedindo apenas um pouco mais de paciência.
E continuo resoluto, buscando-lhe mais do que olhares furtivos, mais do que beijos imaginários e toques educados. Continuo na esperança de ser seus olhos, sua pele e sua vida, com o desejo do seu beijo apaixonado mesmo que este me condene ao desaparecimento, e que seu toque febril, seja o ultimo que sinta em minha vida.
E continuo dia e noite, persistindo em demonstrar as semelhanças que este contraste carrega. Engolindo a seco a prepotência que já tive apenas para dar-lhe razão. Fazendo-me quente apesar da frieza que carrego em minha alma.
Ajudaria-me muito saber o que você deseja, assim procuraria em uma de minhas fases aquela que mais te agrada e viveria se assim fosse preciso, eternamente crescente ou minguante.
Tenho medo que meu esforço em te agradar te desgaste e que nunca possa confiar neste amor tão cheio de obstáculos. Será que um dia se permitirá me amar, entregar-se como me entrego e acreditar que nos completamos?
Será que um dia permitira que os nossos raros encontros, durem mais do que alguns minutos e se esqueça um pouco de todo o resto, apenas por gostar de estar ali?
Valer-me-ia a existência ouvir o que quero tanto lhe dizer, quando me encontrar com você em nosso próximo eclipse.

23 de julho de 2008

Desejos (Fragmento)

Na insidia de meu desejo embriago-me no teu sexo e sinto a euforia de tua pele enquanto a toco nua. Confessa tuas intenções e não lhe nego nada, nem poderia, viro-a de bruços e defloro-a por trás.
Teu grito soa abafado pelo travesseiro seguido de sua risada meretrícia que me provoca a possuir-la com maior afinco, e o faço como se nada pudesse deter o meu desejo, pego-a pelos cabelos e te possuo com gosto, deixando de lado qualquer pudor, até que em uníssono gritamos pelo orgasmo.
Deita-se na cama, com o corpo a beira de um colapso, e com olhos suplicantes pede mais do que já teve, e eu nunca lhe nego nada...

22 de julho de 2008

Mais Que Mereço

Nos lábios que desejo, encontro a perdição
Hora nos teus braços feliz a me iludir
Hora trancado no escuro acalentando meu coração
Desesperado e abatido, pois preferiste partir

Na lembrança de seu sorriso o meu tormento
Nas juras falsas o meu sofrer
No sonho incerto um momento
No intimo o desejo de te ver

Pobre de mim poeta sonhador
Querer prender o que se faz livre
Querer ser correspondido em meu amor
E esperar que tu sejas quem da dor me prive

Esqueço que apenas parte de ti é amor
A outra parte eu nem conheço
Ai de mim poeta sonhador
Que quero mais que mereço

Tua Partida

Se não pode, ou não quer ficar, parta quanto antes e me deixe com as lembranças do que não consigo esquecer, deixe-me com meus tremores, nesta noite solitária que custa a passar, preso a uma peça de roupa que não coube em suas malas largada no fundo de uma gaveta vazia. Esqueça-me com meus soluços e não ligue para as lagrimas, apenas vá e seja feliz.

17 de julho de 2008

Tua Amizade

Ser-me-ia mais fácil conviver com teu ódio do que com tua amizade, pois no primeiro saberia que ao menos, mal eu te fiz, mas em teu sorriso simpático e teu abraço solto não encontro mais do que tantos outros encontram.
Minha boca reclama pelo beijo e meu rosto é quem o tem, minhas mãos procuram as suas, mas são meus olhos que recebem o aceno delas dizendo-me até logo no lugar de um adeus.
Ser-me-ia mais fácil conviver com a certeza do que não quero, pois o que quero, já deixou de me querer.

Rindo da Morte

Tudo que fiz enquanto ela morria foi sorrir. Ora forçando, ora sincero, meu riso era sempre feliz e ela, mesmo diante da morte, continuava a me inundar com suas cores e perfumar o meu caminho, fazendo-me de suas gentilezas, sorrir.
Foi sorrindo que eu a vi se tornar amarela, quase pálida, e mantinha a mesma graça de sempre. De suas novas cores, acabei sorrindo e foi só quando ela não pode mais agüentar o peso de seu corpo que, confessando-me seus segredos, cedeu a morte com um sorriso amarelo no rosto eu, chorei. Reguei seu corpo com lagrimas, já tarde demais dei um pouco de mim, mas a flor já estava morta.

16 de julho de 2008

O Poeta

O poeta faz do conto um fato
E no fato o seu pranto

No pranto encontra seus versos
E dos versos faz sua vida

Na vida se encontra
E encontra o amor

No amor ele se acalma
E acalma o poeta

No poeta um conto
E no conto o fato

15 de julho de 2008

Restos

Quem eu quero já se foi faz tanto tempo
Que talvez não possa mais voltar

Levou consigo partes de mim
E esqueceu em mim tantas partes

Carregou meus olhos que brilhavam
E deixou os seus ainda chorando

Levou o meu sorriso sincero
Esquecendo seus lábios trêmulos

Guardou consigo todos os meus carinhos
E a mostra sobrou-me seus repúdios

Escondeu meus versos entre suas coisas
E os que ficaram estão manchados de lagrimas

Roubou meu coração inteiro
Largando em pedaços o que sobrara do seu

E quem tanto quero se foi
Foi sem querer voltar

Melhor Ficar

Vou,
Para onde não esta
Vou,
Para me juntar a solidão
Vou,
Para não te encontrar
Vou,
Para juntar meu coração


Volto,
Para logo te ver
Volto,
Para perder minha metade
Volto,
Para de novo sofrer
Volto,
Para minha realidade

Se Tivessem Voz

Quando minhas lagrimas puderem falar ao seu coração, inclinarei minha cabeça em seu peito, para que elas sussurrem o quanto te amo.
Se ainda sim, ele se fizer de surdo, em soluços elas vão gritar por sua atenção.
E se nada disso adiantar, vou fechar os olhos com força, hei de colocar um sorriso falso no rosto e seguir com meu nó na garganta.

O Encontro

Foi em um dia de outono onde as folhas ressequidas caem das arvores nuas em um balé assíncrono, que vi com estes olhos sonhadores a mulher, na época menina, que haveria de amar por tantas outras estações.
Seus olhos misteriosamente castanhos encontraram os meus tão translúcidos, por apenas um momento eterno.
Sua boca, uma rosa vermelha, entreabriu-se em um rascunho, uma obra prima, de um beijo sincero.
E foi naquele momento, um segundo, que soube que iria amá-la para sempre a tendo apenas por um segundo.

14 de julho de 2008

Rosas

Uma como outra
Tal como a boca vermelha em seu orgasmo
Tal como a leveza de seu corpo
Tal como o desabrochar de suas pétalas
Tal como espinhos em sua pele
Tal como o orvalho que recebe
Tal como o som do seu prazer
Tal como a beleza solitária
A rosa é igual à mulher que é amada!

Unidades de Medida

Um centímetro é longe de quem queremos bem
Um metro é próximo de quem não queremos
Um milésimo é tempo demais para a solidão
Um milênio é pouco para a tua companhia
Um grama é leve para consumir
Um quilo é pesado para carregar
Um colega é ruim de se ter
Um amigo é bom de manter
Um raio é fatal
Um impulso elétrico vital

Passando Sem Medo

Não deves temer o arrependimento do que foi dito
Pois aquilo que devia ser ouvido não foi escutado
Não deves recear aquilo que um dia viste
Pois o que viste foi aquilo que não mais vai ver
Não deves ter medo de relembrar do passado
Pois naquilo que já não existe que o que será se compôs

Palhaço do Amor

Eis então o que é o amor!
Afinal conheci o que este sentimento realmente é! Pois não seria possível ele se esconder para sempre de meu coração esperançoso, que vaga sem rumo a sua procura em qualquer direção. Enfim!
Ele revelou-se diante de meus olhos como quem desabrocha pronto para voar, trazendo-me impressões de que viera para ficar.
Mas o amor que sempre esperei foi embora em tão pouco tempo, como quem já tivesse ficado tempo demais, deixando-me a casa vazia e nos cantos seus restos desprezados.
Restaram-me então suas lembranças junto às amarguras, os momentos juntos à solidão, as promessas confundidas com ‘firúlas’, do palhaço coração!

Notas

Indecisão

À Borboleta

Acho que depois de ter visto você entrar pela minha janela
Dizendo que veio me pedir abrigo
Com aquele seus olhos divertidos
Aprendi a confiar naquilo que fica no chão

E À Rosa Branca

Acho que depois de ter visto tão arraigada ao chão
Com olhos tão pervertidos
Vendo a mim como amigo
Decidi voar em busca de diversão

Segue em piruetas

Minha Conclusão

Contraste

O que me escapa por entre as garras do desespero
É aquilo que teria nas mãos se tivesse calma
O que me foge entre as sombras do passado
É o que me perseguiria se olhasse o futuro
O que me esquece em um momento de angustia
É o que me lembra que um dia fui feliz

Derrota

Entre os cachos dos teus cabelos encontrei meu manancial
Sobre o cheiro de tua pele descobri minhas alamedas
No gosto de tua boca naveguei por meus rios
E no suor do teu corpo um pico montanhoso
No gemido de prazer um coro dos céus
No gemido de dor o calor de um inferno
Nas entranhas de teu corpo desbravei teus vales
E com o sangue de tuas veias marquei meu território
E com o ar de seus pulmões derrubei florestas
E no som da sua voz erigi meu palácio
E na ludibrieis de seu amor tive a derrota do meu reino

11 de julho de 2008

O Que Não Se Mistura

Meus anseios se misturam aos meus medos
Mesclam-se entre a falta e o excesso
Unem-se com meus sonhos e o insone pesadelo
Transformando-se nesta realidade surreal
Onde a vida parece meio morta
A esperança já não espera
Um sorriso esta repleto de lagrimas
E a felicidade parece tão triste
Só o meu amor, continua amando.

O que há, é!

Eu tenho meus defeitos, esparsas qualidades
Eu tenho meus orgulhos, vagas humildade s
Eu tenho bons dias, entre a maioria que não é
Eu tenho meus temores, raros quando não é
Eu tenho minhas cismas, difusa contradição
Eu tenho um peito aberto, para alguém um coração
Eu tenho meus sonhos, a maioria é pesadelo
Eu tenho minhas noites, e com sol o dia inteiro
Eu tenho certos pudores, nenhuma é a privação
Eu tenho concubinas, entre noites de solidão

Bom Dia

O sol que nasce atrás da colina
Traz o pressagio do dia perfeito
O galo sonolento percebe e se anima
De um lado a outro cacarejando sem jeito

Acordem flores em seu balé sincronizado!
Cantem pássaros, eu sou desafinado!

O céu esta como deve ser
Nuvens brancas dão o toque final
Criam formas para quem quer ver
Não sabem que são nuvens nem agem como tal

Vá nuvem amiga continue sua jornada!
Ganhe o mundo aqui já foste admirada

O que não devo ganhar

Amanhã
Não quero chocolates, eles derretem
Não quero camisetas, elas desbotam
Não quero livros, eles amarelam
Não quero calças, elas se apertam
Não quero filmes, eles envelhecem
Não quero flores, elas murcham
Não quero nada, alem de você!

10 de julho de 2008

Onipresença

Onde quer que esteja
Onde quer que repouse
Onde quer que caminhe
Onde quer que dance
Onde quer que chore
Onde quer que sorria
Onde quer que siga
Eu estarei com você

O Espelho e o Reflexo

Ontem, me assuntei diante do espelho
Questionei de onde ele tirara tantas rugas
E quem o autorizara a colá-las em minha face
Ontem, o espelho só repetiu minhas perguntas

Hoje, debati com o espelho
Defendi a idéia de que não as mereço
E que ele poderia arrancar-me alguns anos
Hoje, o espelho só me imitou

Amanhã, quebrarei o espelho
Alegarei que ele estava me matando
E que ele teve apenas o que mereceu
Amanhã, o espelho me reflete em pedaços

7 de julho de 2008

O Que Me Faz Falta

Sinto falta das noites insones que tínhamos ao telefone
E de tantas outras que não chegamos a nos ver
Sinto falta do teus abraços apertados ao me encontrar
E de quando minhas mãos procuravam as suas
Sinto falta do sorriso, que era até meio bobo, mas feliz
E dos outros fingidos só para me agradar
Sinto falta do carinho que me fazia para dormir
E de quando pedia para eu a acariciar
Sinto falta do calor do teu corpo, suado junto ao meu
E dele longe de mim, ainda assim sendo desejado
Sinto falta do cheiro que tinha quando transpirava com prazer
E de quando saia do banho, perfumada com o cheiro de outra
Sinto falta da musica que pedia para repetir a tocar
E do silencio entre cada uma delas
Sinto falta da lua aparecendo no céu, debaixo do meu dedo
E da escuridão de uma noite pouco iluminada
Sinto falta dos presentes que insistia em me dar
E de não usa-los só para te irritar
Sinto falta das flores que acabavam em cima de uma mesa
E dos insetos que acabavam em baixo dos pés
Sinto falta de ser eu mesmo, assim, desse jeito
E de ser como você queria que fosse esse jeito
Sinto falta de como juramos amor eterno
E de quando acreditamos em um só fim, o da vida
Sinto falta de quando éramos um só
E de quando éramos milhões
Sinto falta de quando queríamos povoar o mundo
E de quando procuramos um deserto nele
Sinto falta de dormir abraçado com você, apenas isso
E de tantas vezes que quis você ao menos perto
Sinto falta de quando a insanidade era meta de vida
E de quando a razão comandou a situação
Sinto falta de tudo que podíamos ter passado
E mais ainda de tudo que passamos
Sinto falta das palavras que dissemos em um momento
E das outras palavras que mudaram de sentido
Sinto falta dos cuidados que me dedicava
E de quando tentava cuidar de você
Sinto falta do gosto da tua boca a qualquer momento
E de quando o seu gosto era artificial
Sinto falta do passado que tive
E do futuro que ainda teremos

Três em Trinca

VERTICE
TRIGONO
FRAGMENTO
INVERSO

ASSINCRONO
EFEMERO
VELOZ

TANGIVEL
LOQUAZ
INOSPTO

INABITAVEL
IMAGINARIO
ALIENADO

ACOVARDADO
PERDIDO
NEGREGADO

NEGADO
ESTREPOSTO
ESQUECIDO
AMADO

A Chuva e o Vento

São versos que voam carregados pelo vento
Em uma revoada de passarinhos
São palavras que se perdem nos furacões
Em um amontoado de maus pensamentos
São lagrimas a chuva que cai entortada pelo vendaval
Em uma recaída no passado que já evaporou
São amores quando em um dia quente a brisa lhe toca o rosto
Em desejos de que um dia quem te ama volte a ser amado

Braços do Acaso

Estou a caminho do desconhecido
Indo pra longe de onde não esta você
Indo em busca de seu aroma pelo mundo
Partindo em busca de todas as cores que possa ter.

Estou partindo hoje e não sei quando vou, e se vou voltar
Seguirei sem rumo e devo me perder muitas vezes
Partirei em pedaços para depois me encontrar
Sigo sem rumo para quem sabe não mais voltar

E se um dia eu voltar e sair por ai te procurando
Parta pra longe pois será sua vez de seguir
Seguindo por caminhos errados para encontrar o certo
Indo de certo, ao caminho do desconhecido.

Escolhendo entre as coisas

Devo escolher entre

Raiva e beijos,
Promessas e desejos

Sonhos e esperanças
Velhos e crianças

Sons e silêncios
Rimas e gracejos

Borboletas e rosas

Fortes e fracos
Desejos e ascos

Você e alguém
Vida e morte

Talento e sorte
Inicio e fim

Então, fico com o melhor!

Revirando Papéis

Entre os papeis salpicados com pensamentos, lagrimas e poesia, encontrei uma daquelas de suas fotos desbotadas pelo tempo que passou, levando apenas aquilo que quis pra si e deixando em meu rosto suas marcas cada vez mais sulcadas.
Entre as tantas cartas de amor jamais entregues, você permaneceu escondida, como o fez no sorriso de meu rosto e no brilho dos meus olhos, estes te procuraram por tanto tempo em vão, e ainda procuram em vão.
Entre os rascunhos amarrotados, já abandonados entre tantas coisas que passaram, e que não deveriam jamais ter partido, relembrei de seus sorrisos, e por um ínfimo tempo consegui encontrar onde o meu havia se perdido.
Entre a tinta envelhecida que se embrenhara outrora nestas folhas, encontrei uma parte de mim que há muito havia perdido, mas hoje a encontrei, em tua fotografia.

2 de julho de 2008

Enquanto Ela Dança

Segues a inspirar o sonho de outrem, e me desespero. A eles sobram palavras doces, sonhos, poesias e a mim, apenas o asco e a amargura de versos enfadonhos que passam sem causar nenhuma impressão...
Outrora, via em um adágio triste o alegro de viver, e tinha neste solo da vida, o duo do nosso amor. Hoje me resta a valsa descompassada da desesperança que rodopia sem jeito por detrás da cortina que se fecha, enquanto todas as luzes se apagam!
È o fim do espetáculo para toda bailarina!
É o fim do espetáculo de toda a minha vida!

Esperança

De ti, destino tão misterioso
Espero apenas o que não me mate
Mesmo que não me nutra
Apenas o que me faça continuar
Mesmo sem saber aonde ir
Apenas o que me de razão
Mesmo que não faça sentido
Apenas o que me faz sonhar
Mesmo que nunca realize
Apenas o que me faça amar
Mesmo que não seja correspondido
Apenas o que possa fazer de mim o que sou
Mesmo que seja um poeta ou um fingidor

Entre Meus Demonios

Despeço-me de ti com um beijo na face, enquanto dentro de mim os mesmos diabretes, já conhecidos, provocam-me a sorver teu lábios com os meus, em uma explosão de loucura e frenesi. Ouço-os com minha alma e os impeço com meus pudores corpóreos, e os medos, quem sabe imaginários, de uma repulsão repentina a qual posso não reagir tão bem. Dedico-lhes apenas a atenção necessária para que não desapareçam, mas não os nutro para que não me dominem. Quem há de saber, a quem realmente deveria escutar? Escuto-os entre tantas vozes que ecoam entre os corredores, repletos de lembranças do passado, que se perdem nos caminhos, ainda vazios do futuro que desconheço. E quem há de saber o certo sobre o próximo segundo? E no próximo segundo você parte, enquanto eu fico com minhas duvidas jamais respondidas.

Segundos de pensamento, durante um tempo todo!

A sensação natural das pessoas como eu, seria chorar de rir, mas a minha vontade é chorar por chorar. Você esta diante de mim, sorrindo um daqueles seus sorrisos marotos, mostrando a marca de nascença que tem no pescoço.
À muito que os sentimentos bons escaparam por entre os dedos de minhas mãos, como fumaça que é oferecida em altar. O que me lembra um Deusinho qualquer que diz existir, mas minhas preces parecem seguir o ritmo de The great gig in the sky, pink floyd, um sobe, bate às alturas, e desce como em queda livre. Seria mais fácil acreditar se ao menos uma única vez esse Deus tivesse ouvido minhas preces, e você continua me olhando, deitada em um banco em que por certo nos beijamos, e não me tira os olhos por um segundo, como quem quer sufocar, olha-me com amor e desejo, e é isto que deve ter mantido-nos juntos pelo tempo que ficamos. Quem dera ter mais tempo, mas me pergunto: Tempo para que? Para pensar em outra quando estivesse com você? Ou pior para em breve percebermos que “Não deu?” Tu ainda me olha... E vejo nos seus olhos, o meu reflexo e penso: Eu quero mais? Sim mais do que é muito e mais escassez do que é pouco? In the flesh acaba de me derrubar, com o som da criança que vê um avião cair? E tu me olha de uma forma que mal consigo lembrar, ou esquecer? O que será melhor os espaços das patinhas em conchinhas, ou a força dos chifre? O zodíaco e sua simbologia que me assusta e me fascina, mas qual será o zodíaco que me fascina? O todo ou o homem? Pulo a musica para ver se para de me olhar, e tu ai, me olhando? O desepertador do Time tenta me acordar? Mas ouço tantos que parecem música, estas palavras serão usadas contra mim? Pare de fazer isto meu! Engraçado como as atitudes mudam de uma a outra. Uma com raízes a outra asas, uma com perfume a outra com cores, uma com as rosas outra com as borboletas.
Quem decifrar meus versos, me encontre nas sarjetas para me explicar. POR QUE AINDA ME OLHA? Revolto-me com esta cara insonsa, imóvel diante de meus olhos lacrimejosos, por que não reages e me bati ou me acalma? E tu ai, imóvel, diante do homem que escolheu teu caminho? Reages como o que for, com espinhos ou ferraduras, mas pare de me olhar, e aja! O que vais fazer? Diga-me ou rasgo-te!
E ela, como que se espreguiçando, responde como a mais calma das coisas:
-Só posso desaparecer ou desbotar, pois sou uma fotografia!

30 de junho de 2008

Memórias de um Suícida!

Estou ciente do que faço, mesmo que ao andar na beira do precipício, pareça insano. Se soubessem como acabei aqui também o fariam!
E não se preocupem demais comigo, tudo não vai durar mais que um momento, e o momento que me aflige acabará como veio, em um momento.
E não pensem que estarei melhor que estou aqui, certas coisas não nos abandonam, e irei carregar muitas coisas desta vida.
E não imagine que teve culpa no que há de acontecer, a culpa enche-nos de peso, e a culpa é minha de não agüentar mais os meus.
E não sinta saudade quando eu partir, quanto menos pensar, mais vou longe, e estar longe pode ser melhor que aqui.
E não pense jamais que é aqui é o lugar que quis estar. O lugar que sempre quis, é oposto ao que estou.
E não pense que você não pode fazer nada, se quisesse faria o que eu mais quero, entenderia as memórias de um suicida.

26 de junho de 2008

À, Quem Puder Voltar:

À, quem puder voltar:
Para levar o recado
Concertar o cercado, ter dor de dente
Fingir-se contente, chorar como criança
Rir com uma dança, ter dor nas costas
Não trancar as portas, fingir estar dormindo
Saber o que to sentindo, andar de bicicleta
Ver o Brasil virar tetra, errar no tempero
Deixar-me seu cheiro, ser amável
Fingir-se intocável, propor-me revanche
Dar-me uma chance, cair de sono
Dividir biscoito Bono, andar na contramão
Dar-me sua mão, segurar-se no trem,
Esperar-me quando vem, tomar o chá mate,
Ser melhor que chocolate, assistir filme sem graça,
Sentar no banco da praça, me dar parabéns,
Dividir seus bens, acalmar meus temores,
Morrer de amores;
Volte agora!

Antes Que o Que!

Antes a tristeza das coisas tristes
Que um sorriso amarelo
Antes a certeza de um fim
Que o medo do inicio
Antes os olhos marejados pela falta
Que os olhos algozes pelo excesso
Antes os espinhos que arranham
Que as ferroadas que incham
Antes a escuridão que cega
Que a luz que ofusca
Antes a saudade do que se arrepende
Que o arrependimento do que não se tem saudade

Lançando Palavras

Joguei palavras ao vento
Para que se misturassem com a areia
Joguei palavras ao vento
Para que chegassem a algum lugar
Joguei palavras ao vento
E quis que se perdessem
Joguei palavras ao vento
E quis que fossem encontradas

Joguei palavras ao vento
E o vento as carregou

Sobre as coisas, o vento passou
Para esconder meu recado
Sobre as coisas, o vento passou
Para levar meus pensamentos
Sobre as coisas, o vento passou
E quis que segredos caíssem na terra
Sobre as coisas, o vento passou
E quis que verdades queimassem no fogo

Sobre as coisas o vento passou
E as palavras, se foram com o vento

O Sentido

O sentido das coisas esta sujeito à interpretação daqueles que buscam sentido onde nada além do sem nexo faz sentido.
O sentido contrário pode ser o correto, e o correto pode levar ao contrário das coisas que perderam o sentido.
O sentido pode ser único, sendo o único, a acreditar que só leva a um caminho, o próprio sentido.
O sentido pode indicar a direção, mas seguir a direção não garante o caminho, tornando sem sentido o sentido.
O sentido muda de sentido também no espelho, e a direção certa, fica em sentido contrario ao caminho contrario do caminho sem sentido.
O sentido das coisas esta sujeito a interpretações e não faz sentido, dar sentido ao sentido das coisas que aqui senti.

Coisas Que Aprendi

Aprendi, que dizer a verdade é necessário
E que a mentira tem suas vantagens
Aprendi que os fracos acabam sozinhos
E que, por medo, ninguém se aproxima dos fortes
Aprendi que o homem também chora na frente dos outros
E que ri muito antes de admitir isso
Aprendi que o perfume, vale mais que as cores
E que as flores têm os dois de uma vez
Aprendi que o adeus nem sempre é permanente
E que até logo pode ser para sempre
Aprendi que muitos, vem ou vão
E que só alguns ficam
Aprendi que tudo pode ser concertado
E que nem sempre temos o tempo necessário para
Aprendi que amigos são os que posso contar
E que às vezes eles não estão perto
Aprendi que a política não se discute
E que corrupção faz parte dela
Aprendi que ex-amores pertencem ao passado
E que às vezes nos esperam no futuro
Aprendi que o sorriso nem sempre traz felicidade
E que as lagrimas não são todas verdadeiras
Aprendi que dói mais, dores que doem sozinhas
E que compania pode provocar ainda mais sofrimento
Aprendi que certos caminhos devem ser abandonados
E que outros nunca devem ser deixados
Aprendi que o caminho das flores tem espinhos
E que no outro me sobram ferroadas
Aprendi a deixar aquilo que não quero
E que estas coisas fazem falta quando estão longe
Aprendi que a loucura pode ser perdoada
E que quem o faz está louco
Aprendi que o escuro é o melhor abrigo
E que a luz sempre surge na hora certa
Aprendi que muitos são bons sempre
E que é melhor quem é o melhor no que se precisa
Aprendi que segurança é temer o que existe
E que quem é seguro é o primeiro a partir
Aprendi que arrependimento não mata
E que às vezes seria melhor que matasse
Aprendi que sorrio quando penso em alguém
E que fico de fato feliz se a ver
Aprendi que palavras difíceis são estudadas
E que as simples são compreendidas
Aprendi que com tudo que aprendi, aprendi pouco
E que as vezes é melhor não saber mesmo
Aprendi que já soube o que queria
E que o que sempre quis foi aquilo que não tinha mais
Aprendi que escrever esvazia meus pensamentos
E que eles estão tomados por uma só coisa
Aprendi que devo escolher o momento de parar
E que sempre paro antes do objetivo
Aprendi que quando insisto sou chato
E que quando não, sou desinteressado
Aprendi que sinto-me melhor com os olhos fechados
E que ainda é melhor mantê-los abertos
Aprendi que sem este conhecimento estaria melhor
E que sem aprender estas lições, seria feliz!!!

O Espantalho

Um pobre espantalho, imóvel a esperar
Uma ave piedosa que pouse sobre seus ombros
Preencha seu coração com seu cantar
E voe pra longe, restando-lhe os escombros

- Vale a pena a dor que ela vai lhe causar?
- “Sim, vale-me muito toda a possível dor
Pois vale-me ainda mais poder lembrar
Que com ela entendi o significado do amor”

- Então espantalho, o que significa este sentimento?
- “Ora, o amor define a existência do ser
Te leva do céu ao inferno em um momento
E por só um segundo qualquer um é capaz de morrer

- Mas por que não amar alguém que possa te entender?
- Vejo que de amor, você, nada entende
Nele você é escolhido sem escolher
Sendo impossível se livrar do coração que te prende

25 de junho de 2008

Flores que murcham

Minha querida rosa, doce e amargurada
Outrora eras tu que me alegrava o dia
E hoje me deprime a noite com sua melancolia chateada
Lembro-me do belo sorriso com qual se despia
E gostava de meu toque em seu pele arrepiada
Retribuindo-me com beijos longos e carinhosos
Hoje quando muito, fico ao teu lado
A buscar teus olhos que me atacam impiedosos
Te olho e vejo que não és mais a minha flor
E não exalas mais aquele cheiro de paixão
Tudo que me ofertas é a dor
Dor de ver suas pétalas lançadas ao chão
Oh minha rosa! Eras tão linda e tão vermelha
Agora toma para si tons magentos e ressequidos
E não te resta da vida mais que uma centelha
Algumas pétalas murchas, num caule retorcido

24 de junho de 2008

Dejavu

Na turbulência de meus pensamentos vislumbro clarões daquilo que foi e penso que não mais existem, flashbacks na velocidade da luz trazendo a tona tudo que submergiu, em um submarino vermelho, nos mares de sangue e lagrimas derramadas, no decorrer da vida.
Confronto-me com tudo que fora guardado a chaves, livre diante de meus olhos, dançando zombeteiramente a valsa da confusão sem par e sem som.
Não consigo explicar como tais diabretes escaparam-me assim, não demonstraram nenhum sinal de motim e nem mesmo a menor pretensão de voltar, e agora cá estão, diante dos meus olhos marejados e o suor frio que escorre de minha testa.
Meu estomago se contrai sem dor, apenas a convulsão natural domesticada e treinada a sinalizar situações adversas, um nó na garganta se ata enquanto minhas mãos tremem e ficam frias.
Conheço os sintomas e só conheço uma solução, que não depende de mim e sim, de ‘um certo’ alguém. Assim, espero com a boca ressequida o beijo certo que por fim me cure ou me mate!

23 de junho de 2008